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Portuense PFx Biotech ganha 9,5 milhões para eliminar alergias ao leite de vaca

Criada a partir de um drama familiar do seu fundador, cujo filho sofria de alergias alimentares graves, a PFx Biotech conseguiu o apoio do European Innovation Council para escalar a produção de soluções nutricionais alternativas.

Ali Osman (CEO), Harry Barraza (COO) e Diana Oliveira (head of R&D), os três fundadores da PFx Biotech.
Oli Osman, Harry Banzana e Diana Oliveira, os três fundadores da PFx Biotech.
19 de Fevereiro de 2025 às 11:51
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O filho de Oli Osman era alérgico às proteínas do leite de vaca, uma alergia que afeta milhões de crianças em todo o mundo, com sintomas que variam de desconforto leve a reações graves, o que motivou o pai a explorar soluções nutricionais alternativas.

 

Com base na sua vasta experiência na indústria alimentar, com passagens por gigantes como Arla, DSM e Novozymes, Oli Osman fundou a PFx Biotech, em 2022, no Porto, para explorar tais alternativas.

 

Percebendo que não conseguiria enfrentar esse desafio sozinho, recrutou Harry Banzana, com formação em engenharia química e vasta experiência em inovação, e Diana Oliveira, uma cientista de alimentos com sólida experiência na avaliação dos benefícios nutricionais e de saúde de ingredientes alimentícios, com foco na microbiota intestinal e no suporte imunológico, entre outros.

 

Baseada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, a PFx Biotech foi uma das contempladas na última ronda de financiamento do programa Accelerator do European Innovation Council, tendo conseguido a aprovação de um financiamento de 9,5 milhões de euros para escalar a produção de proteínas de leite humano através de fermentação de precisão, a começar pela lactoferrina.

 

"Esta proteína tem propriedades bioactivas e multifuncionais com aplicações na área infantil, eliminando o risco de alergias e na área da nutrição avançada para populações com necessidades nutricionais especificas, como seniores e desportistas", explica a Agência Nacional de Inovação (ANI), em comunicado.

 

A tecnologia desenvolvida pela PFx Biotech "permite não só a produção de proteínas de leite humano, mas igualmente de outras moléculas funcionais (no futuro) e contribuindo para superar desafios como o da sustentabilidade na produção alimentar e o bem-estar animal", acrescenta a ANI.

O EIC Accelerator apoiou mais 71 empresas europeias, num total de 387 milhões de euros, de um total de 1.211 candidatas, entre as quais16 empresas portuguesas.

 

"Desde que arrancou, em março de 2021, 16 empresas "deep tech" nacionais tiveram financiamento aprovado no EIC, contabilizando cerca de 91,5 milhões de euros no EIC Accelerator, o principal instrumento da iniciativa integrada no Pilar III do Horizonte Europa", aponta a ANI.

 

"O desempenho de Portugal no EIC Accelerator representa uma oportunidade para impulsionar negócios ‘deep tech’ de origem nacional, fomentar a atração e retenção de talento e ampliar a visibilidade das PME tecnológicas e do ecossistema nacional em mercados internacionais mais competitivos", afirma António Grilo, presidente da ANI, agência que acompanha a participação nacional no EIC.

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