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Oracle quer levar as PME para a nuvem
Em 2025, prevê Mark Hurd, CEO do grupo norte-americano, a "cloud" irá absorver 80% dos orçamentos em tecnologias de informação, deixando 20% para a TI "convencional".
A tecnológica norte-americana Oracle está apostada em levar consigo - ou pelo menos a tentar convencer - as pequenas e médias empresas (PME) para a "cloud" digital.
Em conferência de imprensa esta segunda-feira, 19 de Setembro, Mark Hurd, presidente executivo da empresa frisou: os consumidores "não são a nossa estratégia" em termos de força de vendas, mas sim as empresas. E, nestas, Mark Hurd vê "empresas muito pequenas" a aceder à tecnologia do grupo, agora que promete que os custos de serviços, plataformas, estruturas e base de dados da Oracle serão mais reduzidos na "cloud", do que no formato "convencional" da tecnologia da empresa sob licença e subscrição.
Mark Hurd chamou mesmo algumas PME (numa escala adaptada aos EUA) ao palco para explicar à audiência do segundo dia da conferência Oracle Open World, qual é a sua visão do futuro. E este, aparentemente, é nebuloso: em 2025, acredita o CEO da Oracle, "80% dos orçamentos de Tecnologias de Informação [dos maiores grupos] será gasto na nuvem ("cloud"), não em IT tradicional".
Em paralelo, "80% da produção de aplicações" terá origem na nuvem. E, em consequência, estimou ainda Hurd, os centros de dados ("data centers") detidos por empresas "irão cair 80%".
Para o líder executivo da Oracle - que já foi acusada por vários analistas de ter chegado demasiado tarde à "cloud" - "é preciso perceber a mudança nos negócios" de TI que está a decorrer agora e nos próximos 10 anos.
A companhia, que espera vir a aumentar a receitas proveniente de venda de serviços, plataformas e infra-estruturas através da "cloud" nos próximos anos (ainda residual face às vendas sob licença da marca) tem vindo a aumentar o investimento em Investigação e Desenvolvimento, desde 2010, tendo terminado no último ano fiscal (com fecho em Maio) com um total de 5,18 mil milhões de dólares aplicados.
Hoje, garante, tem já "mais de 20.000 clientes na 'cloud'", e realiza 50 mil milhões de transacções", através dos "19 'data centers' [que detém] no mundo". E "tem mais pessoas na área comercial em várias geografias": na nuvem, a Oracle tem agora 10.000 engenheiros a trabalhar para ela.
*Em São Francisco, a convite da Oracle