O comissário europeu Gunther Oettinger, responsável pela pasta europeia da Economia e Sociedade Digitais, defendeu que "a compreensão da digitalização é fundamental para a economia e para a sociedade".

"Todos sabem que a economia está a digitalizar-se rapidamente. Esta digitalização está a mudar a economia mas também a sociedade da mesma maneira que fez a electricidade no seu tempo", justificou esta terça-feira, 20 de Outubro, o responsável europeu durante o ITC 2015 que decorre até quinta-feira em Lisboa.

Durante o evento promovido pela Comissão Europeia, relembrou que o sector das TIC (Tecnologias de informação e comunicação) nos últimos anos alterou várias áreas, nomeadamente a administração pública. E "hoje está a mudar os sectores tradicionais".

"Estamos a assistir à digitalização da indústria", disse, acrescentando que com esta evolução "não são só os empregos de amanha que estão em risco, são os de hoje também. E o nosso objectivo é utilizar esta transformação a nosso favor para salvaguardar a nossa competitividade e os empregos de hoje", acrescentou Gunther Oettinger.

Por estes motivos, o comissário europeu alertou que "quem chega tarde à economia digital é castigado pelo mercado. A compreensão desta digitalização é fundamental para a economia".

Para alcançar este objectivo Oettinger considera é fundamental "todos temos o nosso papel. E activo".

E deixou um pedido: "Precisamos de uma união digital. Temos de poder competir a nível mundial de forma a poder crescer e manter esse crescimento. O nosso trunfo mais importante na Europa é sermos capazes de alavancar o nosso mercado interno de mais de 510 milhões de consumidores".

A questão de direitos de autor foi também um dos exemplos deixados pelo comissário europeu para sublinhar a importância de uma regulação mais uniforme no velho continente: "Se os cidadãos continuarem a ser travados pelas legislações nos países onde vivem, as vantagens de um projecto comum europeu perde-se".

"O mercado único digital não serve de nada se as pré-condições para explorar essas condições não existirem". Por isso, "as organizações e estado- membros têm de trabalhar em conjunto", reiterou.