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A digitalização vai criar ou eliminar empregos?
Esta tem sido uma das questões levantadas no âmbito da aposta de Bruxelas na economia digital. Segundo vários governantes e empresários europeus reunidos esta terça-feira em Lisboa ainda não há uma resposta concreta: a digitalização vai criar mais empregos, mas também eliminar alguns.
A criação de um mercado único europeu está no topo da agenda de Bruxelas. Mas ainda há muitas dúvidas a pairar sobre esta aposta da Comissão Europeia, como a possível criação ou eliminação de postos de trabalho.
Esta foi uma das questões debatidas esta terça-feira, 20 de Outubro, no ITC 2015, que está a decorrer em Lisboa até à próxima quarta-feira.
Durante o painel dedicado ao tema como o mercado único digital é essencial para a liderança da indústria europeia, governantes e empresários europeus foram questionados sobre se a digitalização iria criar ou eliminar empregos.
Para Mari Kiviniemi, secretária-geral da OCDE, "vai haver mais emprego mas também se vai perder". Uma opinião partilhada pelos restantes convidados do painel, como Thierry Bretom da ATOS, Karen Boers, responsável da Startups.be ou Mark Spelman, do World Economic Forum.
Já João Barros, da Veniam, empresa com sede nos Estados Unidos, explicou que a digitalização permite uma maior mobilidade, "na nossa empresa cerca de 70% dos empregados são portugueses", exemplificou.
Durante a conversa, os responsáveis explicaram que a digitalização e a implementação de novas tecnologias irá torar alguns postos obsoletos. No entanto, irá levar á criação de novas competências e funções também.
Outras das questões levantadas durante o debate prendeu-se com a regulação dos dados. "Há muita informação, muitos dados… e os dados vão ser importantes no futuro", disse Thierry Bretom. No entanto, sublinhou que para tal é preciso haver regras para os dados que são produzidos.
Uma questão que tem estado no centro do debate no âmbito da revisão da regulação europeia. Par ao responsável, a Europa devia criar uma regulação própria para os dados e "os dados produzidos na Europa devem ser tratados apenas cá.