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O que pensam os gestores sobre a cloud

A cloud faz parte do caminho que muitas empresas percorrem na sua transformação para o digital. Cada sector, com as suas especificidades, olha para esta ferramenta com os seus “próprios olhos”.

21 de Junho de 2016 às 10:00
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A importância da segurança
Eugénio Baptista, do Sogrupo CGD, admite que a "cloud é o caminho. O responsável assinalou  que há bancos com alguma dimensão a operar, designadamente em Espanha, que já fizeram essa migração. Para Eugénio Baptista o facto desse processo não estar na mesma fase em Portugal não se trata de receios em torno de perder o controlo em relação aos dados. Trata-se sim, da presença de cautelas, dado o risco que está associado ao sector uma vez que a "matéria-prima" da banca é muito apetecível. Exemplo disso, são os ataques de que são alvo.


Um meio para a inovação
Jaime Quesado sublinhou que a "cloud" pode funcionar como um acelerador da inovação na administração pública. Para o gestor, este efeito pode decorrer do facto de se juntarem pessoas que trabalham na área do TI e as demais equipas. "Pode-se criar uma filosofia de gestão integrada que permita que se aborde estes temas de uma forma diferente e inovadora e isso poderá ter vantagens até na forma como o cidadão se revê na sua relação com o Estado", afimou. Assim, a "cloud" pode funcionar como meio para mais a inovação no sector público.


MAI desenhou a sua cloud
Francisco Baptista, do Ministério da Administração Interna, lembrou que este ministério "foi dos primeiros a criar um serviço tipo "cloud" na administração pública". E nessa rede há mais de mil locais ligados e é através desta que as comunicações de vários organismos de segurança e de socorro ao cidadão são garantidos. Apesar de, numa primeira fase, uma migração para uma "cloud" parecer uma ideia atractiva para os organismos tutelados pelo ministério, a realidade é que a panóplia de dados e o seu carácter constituem um entrave, sugeriu.


Cidade no centro da inovação
Jorge Máximo, da Câmara Municipal de Lisboa, sustentou que vivemos na era das chamadas  "smart cites" (cidades inteligentes). Neste sentido, a inovação, referiu, é cada vez mais um motivo para o desenvolvido das cidades. Dado que  Lisboa, tal como outras grandes cidades, está numa fase de afirmação na inovação, intergração e interoperacionalidade são as palavras de ordem. Além disso, Jorge Máximo acredita que o município, sendo a  capital, deve estar no centro da revolução para a partilha de dados e inovação aberta.


"Cloud" na lógica da padronização
Manuel Domingues, do Novo Banco, assume que a "cloud" não pode ser observada numa lógica de redução de custos. Porém, apesar de ter salvaguardado que esta ferramenta dá benefícios para a empresa, um dos problemas apontados é a dificuldade de aprendizagem dos recursos humanos. Este foi, de resto, uma questão apontada por vários elementos. A "cloud" é uma realidade relativamente nova e para a qual nem todos os funcionários estão já preparados. Sendo, nesse sentido, necessário um esforço para ir ao encontro das novas necessidades.


Uma alavanca para parar desafios
Paulo Ferreira, da Novabase, considera que o desenvolvimento dos negócios voltados para a economia digital tem pressionado as equipas de TI a estarem no centro da discussão do tema. Porém, as restantes áreas de negócio estão também a ser chamadas a intervir. O responsável acredita que a "cloud" é uma alavanca que resolve alguns dos desafios que as empresas têm. O desafio de inovação é o factor que alerta mais as organizações para se defenderem nesta economia do que pode vir a ser a sua concorrência, que pode pôr em causa o seu negócio, defendeu.


Adoptar a "cloud" tem desafios
Sofia Mendes, da Vodafone, acredita que as grandes empresas sabem que a migração para a "cloud" é o caminho, podendo haver ainda a necessidade, em alguns casos, ser definido o caminho mais benéfico para essa migração. No entanto, no caso das pequenas empresas e das PME, a realidade é diferente. A responsável sinalizou que é fácil encontrar barreiras à implementação desta ferramenta. As equipas de TI poderão ser o primeiro entrave e os receios em torno da segurança um segundo temor. Além disso, neste segmento do tecido empresarial, o tema não é prioritário.

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