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Novos utilizadores do Facebook crescem acima do esperado. Ações disparam quase 20%
A tecnológica liderada por Mark Zuckerberg reportou os resultados do seu primeiro trimestre e anunciou um aumento dos utilizadores superior ao que se esperava. As ações seguem a escalar 19,15%.
A audiência de "Facebookianos" superou as expectativas no primeiro trimestre, afastando assim os receios de que a rede social estive a perder ímpeto numa altura em que uma nova geração está a ser atraída por redes mais recentes, como o TikTok.
A Meta Platforms, empresa que detém o Facebook e o Instagram, conquistou 31 milhões de novos utilizadores diários ativos (+4%), para 1,96 mil milhões – quando o consenso do mercado apontava para 1,94 mil milhões.
Regressou assim ao crescimento, depois de ter desiludido no quarto trimestre de 2021, ao registar a sua primeira quebra. Entre outubro e dezembro do ano passado, os utilizadores diários ativos ascenderam a 1,93 mil milhões, contra uma estimativa de 1,95 mil milhões.
A empresa sediada em Menlo Park (Califórnia) viu as suas ações dispararem em bolsa assim que anunciou estes números.
A tecnológica segue a ganhar 19,15% para 208,45 dólares no "after-hours" da negociação da bolsa nova-iorquina, depois de encerrar a sessão regular desta quarta-feira a ceder 3,32% para 174,95 dólares.
Sem atender a este ganho na negociação fora de horas, as ações da Meta caem perto de 50% este ano devido aos receios dos investidores de que o Facebook – e as receitas provenientes da publicidade nos seus feeds – estivesse a perder fôlego. Mas esses receios foram hoje acalmados.
Quanto às receitas da Meta, estas aumentaram 6,6% no primeiro trimestre, face ao período homólogo de 2021, para 27,91 mil milhões de dólares, quando a projeção média apontada pelos analistas inquiridos pela Bloomberg era de 28,24 mil milhões.
Apesar de terem ficado aquém do esperado (e de ter sido o aumento de receitas mais baixo desde que entrou em bolsa, em 2012), o mercado não parece ter-se preocupado. A empresa disse que o volume de negócios teria sido superior se não fosse a guerra na Ucrânia.
Já o resultado líquido da empresa liderada por Mark Zuckerberg caiu 21%, para 7,46 mil milhões de dólares (contra 9,49 mil milhões no mesmo trimestre do ano passado).
O lucro por ação foi de 2,72 dólares (contra 3,30 dólares um ano antes), ficando acima dos 2,56 dólares esperados pelos analistas auscultados pela Bloomberg.
No que diz respeito ao seu "guidance", a tecnológica ficou ligeiramente aquém das estimativas mais otimistas do mercado. Projeta receitas entre 27 e 30 mil milhões de dólares neste segundo trimestre, quando o consenso dos analistas ouvidos pela Bloomberg aponta para 30,7 mil milhões. Uma vez mais, a empresa referiu a guerra na Ucrânia como um fator de peso (além das novas regras de recolha de dados nos iPhones da Apple, que impedem que a Meta chegue a utilizadores com publicidade direcionada).