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Novas aplicações portuguesas apanham boleia da Vodafone

O “Lisbon Big Apps” premiou segunda-feira três novas aplicações portuguesas. 20 mil euros e a integração num programa de incubação da Vodafone permitirão a continuidade dos projectos.

25 de Junho de 2013 às 13:22
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Chama-se “wiride” e venceu, segunda-feira, o “Lisbon Big Apps”, concurso que desafiou a comunidade portuguesa de “developers” e “start-ups” a desenvolver aplicações de “smartphones” para a capital portuguesa.

 

É uma nova forma de andar à boleia em que a segurança está garantida, descreve Gil Gomes, líder da equipa. No caso dos estudantes universitários, a identidade é confirmada pelos recursos humanos da faculdade. Já nas empresas, é através de licenças que estão associadas aos trabalhadores que os dados são comprovados. O processo é rápido, assegura, já que depois é a “wiride” que gera um código de validação para cada trabalhador.

 

A instantaneidade é uma das características diferenciadoras do projecto, quando comparado com os vários grupos de boleias existentes nas redes sociais. “Numa aplicação móvel, que seja intuitiva, num ou dois minutos arranjamos uma boleia”, explica o estudante do Instituto Superior Técnico (IST).

 

Um algoritmo com o nome de “boleia justa” que calcula o preço de cada boleia em função da distância, preço actual do combustível e consumo de cada veículo será outra das mais valias do “wiride”.

 

Para criar a aplicação de boleias partilhadas a equipa investiu entre 1.000 e 2.000 euros e tempo. A ideia desenvolvida “em sete ou oito meses”, explicou o líder da equipa ao Negócios, valeu-lhes agora um prémio monetário de 20 mil euros e a integração num programa de incubação da Vodafone.

 

A versão beta fica disponível na próxima semana para sistema operativo Android. O iOS será a próxima fase, a que mais tarde se deverá seguir o software da Microsoft, explicou Gil Gomes.

 

Até ao final deste ano, a equipa estima conseguir perto de 4 mil utilizadores. Nesta previsão contam-se também os utilizadores da versão beta.

 

Em 2014, esta nova forma de pedir boleia chegará a Espanha e em Portugal deverá somar 40 mil utilizadores, sem contar com o público empresarial.

 

No segundo lugar do “Lisbon Big Apps” ficou o “Xtourmaker”, uma ferramenta que permite criar uma aplicação que interage com os clientes e organizar “todo o tipo de animação em sequências diferentes, sem qualquer tipo de restrição com o meio envolvente”.

 

“Este não é um negócio para pessoas. É um negócio para empresas que chega depois às pessoas”, explicou ao Negócios João Paiva Mendes. “Cada operador, ainda que da mesma área, pode criar diferentes rotas, conteúdos e usar a criatividade e não o preço” como factor de diferenciação, prossegue.

 

O montante do investimento não foi revelado. Quanto ao modelo de negócio, a empresa tem uma plataforma em que, por exemplo, “um hotel paga 40 euros por mês” e pode sugerir aos turistas o que conhecer. Desta forma, a unidade hoteleira fica com a sua própria aplicação.

 

Com o prémio de 20 mil euros, a empresa conseguirá “validar o mercado em Lisboa” e o gestor acredita que, depois desse passo, conseguirá “facilmente ir buscar mais dinheiro”, para chegar ao mercado internacional.

 

Neste momento, a aplicação só está disponível em Android, mas para que esta se torne “altamente global”, uma parte do prémio destinar-se-á a desenvolver a “Xtourmaker” para o sistema operativo da Apple, iOS.

 

A TaxiMotions classificou-se no terceiro lugar, conseguindo também o prémio de 20 mil euros, que juntará ao investimento inicial. Este ter-se-á aproximado desse valor, explicou Bernardo Alves, ao Negócios. A esse montante acresce ainda seis meses da vida do consultor de transportes que tornaram possível o “desenvolvimento da aplicação que está já a ser testada no mercado.

 

Trata-se de uma plataforma que, através de um sistema de “backoffice”, permitirá aos taxistas identificar oportunidades de procura e que proporciona aos utilizadores uma gratuita e segura chamada de táxi. Indicar necessidades especiais de transporte, como uma cadeirinha de bebé e o pagamento electrónico serão também possíveis. O download da aplicação é gratuito e funciona para “smartphones” com sistema operativo Android.

 

No final de 2014, Bernardo Alves estima que o sistema esteja disponível em 500 táxis e que sejam prestados perto de 750 mil serviços. Os países com economias emergentes poderão ser o mercado natural de implementação desta plataforma.

 

O concurso deu ainda oportunidade ao público de escolher um vencedor. A Parallel Planet, uma aplicação que pretende guiar uma visita por Lisboa tendo o entretenimento como factor-chave foi a eleita. Nesta aplicação, os utilizadores tornam-se personagens de uma história com vários capítulos que pode durar de três horas a uma semana (por exemplo) e que os levará a percorrer a cidade.

 

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