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Moedas quer "eliminar fronteiras invisíveis que impedem livre circulação de ideias e conhecimento"

Carlos Moedas, comissário europeu para a inovação e ciência, está em Portugal, pela primeira vez enquanto "funcionário público europeu" e assume as prioridades do seu mandato. Mas deixa a mensagem de que os cientistas não têm de justificar a sua agenda de investigação.

Bruno Simão/Negócios
20 de Novembro de 2014 às 15:07
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A Europa tem um dos "maiores programas públicos" de apoio à inovação, investigação e ciência. A gestão é de Carlos Moedas, enquanto comissário europeu da inovação e ciência e, nesse papel, veio a Portugal prometer a "execução adequado do que é o Horizonte 2020", do qual muitas vezes, diz, não há ideia, mas que se trata "do maior programa público do mundo".

 

Estando o programa em fase de execução, Carlos Moedas promete que uma das suas prioridades é "assegurar a mais correcta e eficaz aplicação dos fundos".

 

Mas o comissário europeu português assume outras prioridades. No Congresso das Comunicações, organizado pela APDC (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações), que termina esta quinta-feira em Lisboa, revelou as suas prioridades. "Criar condições que libertem pleno potencial de investigação, inovação e ciência". Esta será outra das suas metas. Carlos Moedas não tem dúvidas: "a inovação, tal como o crescimento, não se decreta".

 

E deixou a mensagem: os investigadores não têm de justificar o impacto económico da sua agenda de investigação. 

 

Por isso, é necessário, diz, "eliminar fronteiras invisíveis que impedem a livre circulação de ideias e conhecimento na Europa", para isso Moedas quer "finalizar o espaço europeu de investigação, através da criação mercado interno de cientistas e investigadores, com, por exemplo, regras comuns para patentes, livre acesso à produção do conhecimento". É necessário que "o encontro entre capital e projectos seja possível".

 

Há, pois, de "coordenar de forma mais eficaz as 28 políticas nacionais e explorar sinergias".

 

A Europa tem de ser intransigente "na excelência na ciência e investigação". Mas tem de haver liberdade criativa.

 

Carlos Moedas não tem dúvidas e assume que sempre isso defendeu que a liderança da inovação deve vir dos investigadores, empreendedores, empresas. Os poderes públicos têm de criar condições para que isso seja possível. O financiamento à investigação por parte do poder público só deve acontecer quando há falhas. "Há limites para a Comissão Europeia e governos. Os verdadeiros protagonistas são os empreendedores e líderes empresariais".

 

E por isso deixa a promessa: "com humildade vos digo que o trabalho que faço hoje é trabalho para contribuintes, população no sentido duplo. Sou funcionário público europeu e trabalho sempre, e sempre trabalharei, com gosto e vontade intensa de melhorar condições para que o vosso trabalho seja mais fácil e capacidade inovação seja maior".

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