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Microsoft confirma fecho fábrica e despedimento de 2.300 funcionários na Finlândia
A tecnológica vai avançar com o plano de reestruturação, onde está previsto o corte de 7.800 postos de trabalho a nível global. A empresa, que lançou recentemente o sistema operativo Windows 10, reportou em Julho, a maior perda trimestral da sua história.
A Microsoft confirmou esta sexta-feira, 21 de Agosto, que irá fechar a unidade de produção de smartphones em Salo, na Finlândia, e que cortará 2.300 postos de trabalho no país, escreve Reuters.
Esta redução de postos de trabalhado acontece no âmbito do plano de reestruturação da empresa anunciado a 8 de Julho, e que tem como objectivo cortar 7.800 postos de trabalho, a somar aos 18.000 anunciados um ano antes.
Segundo o The New York Times, previa-se que grande parte dos cortes fosse no sector dos telefones e smartphones, mais especificamente na área do hardware. As estimativas apontavam para custos de reestruturação entre os 750 e os 850 milhões de dólares (entre os 681 e os 773 milhões de euros).
O anúncio dos cortes antecipou-se à divulgação dos resultados trimestrais da Microsoft. A tecnológica liderada por Satya Nadella reportou a perda trimestral mais elevada da sua história, penalizada pela amortização de 7,5 mil milhões de dólares que pagou pela unidade de telemóveis da Nokia. Incluindo esta amortização, bem como outros encargos de reestruturação, a Microsoft apresentou um resultado líquido negativo de 3,2 mil milhões de dólares.
A compra da unidade de telemóveis da Nokia, em 2013, foi uma grande aposta do anterior CEO, Steve Ballmer, que acreditava que a Microsoft conseguiria ter sucesso nesta área ao combinar hardware (dispositivos) com o software (programas informáticos), como acontece na Apple.
Enquanto a Microsoft tenta amenizar o impacto da compra da unidade de telemóveis da Nokia, a própria Nokia prepara o regresso ao mercado dos smartphones. A 10 de Agosto, a Reuters noticiou que a marca estava a contratar programadores, a testar novos produtos e a procurar parceiros de vendas para voltar ao mercado da tecnologia de consumo, sendo que terá de esperar até 2016 para o fazer, altura em que terminam os laços com a Microsoft.