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Microsoft elimina mais 7.800 postos de trabalho
A Microsoft vai voltar a reduzir a força de trabalho, depois de em 2014 ter anunciado a redução de 18 mil postos de trabalho. "Não temos indicação que a decisão venha a ter repercussão em Portugal", disse ao Negócios a Microsoft Portugal.
Já são conhecidos os números da nova ronda de cortes na Microsoft. A gigante tecnológica vai acabar com 7.800 postos de trabalho, a somar aos 18.000 anunciados em Julho de 2014.
O objectivo da empresa com esta redução da força de trabalho é diminuir os custos e aumentar a eficiência das suas operações, escreve esta quarta-feira, 8 de Julho, a Reuters, que dá conta da dimensão do corte de postos de trabalho na empresa, avançado esta manhã pelo The New York Times.
Os custos de restruturação vão rondar os 750 e os 850 milhões de dólares (entre os 681 e os 773 milhões de euros).
Tal como avançava esta manhã o The New York Times, grande parte dos cortes será no sector dos telefones e smartphones, que atravessa dificuldades, mais específicamente na área do hardware.
Era esperado que a Microsoft conseguisse amortizar de forma total ou parcial os 7,2 mil milhões de dólares (cerca de 6,5 mil milhões de euros) que pagou pela unidade de telemóveis da Nokia, um negócio que acabou por não ser rentável e que deixou a empresa com apenas 3% do mercado de smartphones, escreve a Reuters.
A compra na Nokia foi uma grande aposta do anterior CEO, Steve Ballmer, que acreditava que a Microsoft conseguiria ter sucesso nesta área ao combinar hardware (dispositivos) com o software (programas informáticos), como acontece na Apple, escreve o The New York Times, afirmando que hoje a Microsoft assume que pagou demais pela unidade de telefones da Nokia.
No final de Março deste ano, a Microsoft contava com mais de 118 mil funcionários em todo o mundo, escrevia esta manhã o jornal, assegurando que o novo corte se soma ao anunciado em Julho de 2014, de 18 mil postos de trabalho.
"Neste momento não temos detalhes adicionais que nos permitam fazer mais comentários", disse Patrícia Fernandes, directora marketing, relações públicas e comunicação da Microsoft Portugal contactada pelo Negócios. "Igualmente, não temos indicação que a decisão venha a ter repercussão em Portugal", acrescentou ainda.
(Notícia actualizada às 17h34 com informações sobre a Microsoft Portugal)