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Nokia prepara regresso ao mercado dos telemóveis

A Nokia está a contratar programadores, a testar novos produtos e a procurar parceiros de vendas, esforços que visam preparar o regresso da empresa ao mercado dos telemóveis e da tecnologia de consumo.

Bloomberg
10 de Agosto de 2015 às 11:40
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Depois de, em 2013, ter vendido a sua área de telemóveis à Microsoft, a Nokia começa agora a preparar o regresso a este mercado, sendo que terá de esperar até 2016 para o fazer, altura em que os laços com a Microsoft terminam, noticia esta segunda-feira, 10 de Agosto a Reuters.

O tablet N1, lançado no início do ano, assim como a câmara de realidade virtual lançada no final de Julho, são os primeiros sinais de um regresso da marca ao mercado da tecnologia de consumo.

A empresa está a recrutar profissionais para várias áreas, com especial enfoque no desenvolvimento de produto, estando à procura de engenheiros informáticos especialistas em Android, sistema operativo dos novos dispositivos da marca.

Apesar de não adiantar muito sobre os seus planos, a Nokia assume que está a trabalhar no desenvolvimento de novos equipamentos, incluindo telemóveis e dispositivos na área do vídeo digital e da saúde, escreve a Reuters.

Todavia, a agência ressalva que não será fácil à Nokia conquistar terreno num mercado tão competitivo, em constante mudança, onde a Apple é o principal concorrente.

Para evitar cair nos mesmos erros, como não conseguir acompanhar as tendências tecnológicas e ser demasiado lenta a adaptar-se às necessidades do mercado, a Nokia está à procura de parceiros para contractos de "brand-licensing", ou seja, a Nokia desenvolve os dispositivos, estes terão a sua marca, mas em troca de "royalties", a empresa vai permitir a outras firmas produzir e vender os dispositivos. Este tipo de contratos é menos lucrativo do que produzir e vender os próprios produtos, mas também menos arriscado. Optar por "brand-licensing" não é novo na indústria, tendo já sido aplicado por empresas como a Philips e a Alcatel.

Com os avanços na contratação de manufactura e na estandardização de software e componentes, é mais fácil que nunca para uma empresa ir buscar fora – outsource – quase tudo o que é necessário para construir estes dispositivos.

"Apenas vemos esta competição a intensificar nos próximos anos", diz Ben Wood, analista a CCS Insigth, citado pela Bloomberg. "As barreiras à entrada no mercado dos telemóveis são mais reduzidas hoje do que em qualquer outro momento, e quase toda a gente consegue entrar no negócio dos smartphones", acrescenta.

"A marca [Nokia] não vai ajudar muito se o produto for similar ao que já está a ser vendido. Mas se houver algo novo e interessante, a herança pode ajudar", diz Anssi Vanjoki, professor da Universidade de Tecnologia de Lappeenranta, na Finlândia.

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