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BMW, Audi e Mercedes compram serviço de mapas da Nokia por 2,8 mil milhões de euros
A BMW, a Audi e a Daimler - detentora da marca Mercedes - vão dar 2,8 mil milhões de euros pelo negócio de mapas da Nokia, ultrapassando as rivais tecnológicas na obtenção do serviço de localização, parte fundamental para o desenvolvimento de carros que conduzem sozinhos.
As três produtoras de automóveis germânicas juntaram forças e vão deter partes iguais do negócio de localização e mapas, conhecido como "HERE", pode ler-se no comunicado que dá conta da compra do sistema de mapas e localização à Nokia. A BMW, a Audi e a Daimler vão pagar cerca de 2,5 mil milhões de euros por este sistema, escreve a Reuters, salientando que o valor total do negócio rondará os 2,8 mil milhões de euros, quando contabilizado o passivo.
Mais tarde, os produtores de automóveis vão convidar a General Atlantic a juntar-se ao consórcio como investidor e potencial mediador, escreve a Reuters, citando fontes próximas do processo.
"Esta aquisição tem como objectivo assegurar a disponibilidade a longo prazo dos produtos e serviços do HERE como uma plataforma aberta, independente e de criação de valor de mapas e outros serviços de mobilidade, acessíveis a todos os clientes da indústria automóvel e de outros sectores", pode ler-se no comunicado emitido pela Daimler.
O HERE "continuará a oferecer os seis serviços e produtos a toda a indústria", garante este comunicado, e a sua gestão "continuará a ser independente".
Todavia, com esta aquisição "há o risco de que os outros produtores de veículos sejam empurrados para os braços do Google", alerta Richard Windsor, um analista citado pela Reuters. De referir que o principal concorrente do HERE é o serviço Google Maps.
A HERE fornece actualmente mapas a cerca de 80% dos carros com sistema de navegação na América do Norte e na Europa.
Neste negócio, os produtores germânicos terão usado a sua influência com principais clientes desta tecnologia para bloquear outras ofertas, considerou o analista Mikael Rautanen, citado pela Reuters, justificando assim que o preço de venda "seja inferior ao inicialmente esperado".
A Nokia previa que este negócio fosse alcançado por valores na ordem dos 4 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros), avançava a Bloomberg a 21 de Julho.
A importância deste negócio prende-se com o facto de os "mapas em tempo real e a localização de serviços serem a base para a mobilidade de amanhã".
O negócio está agora sujeito à aprovação das autoridades competentes e deverá estar finalizado no primeiro trimestre de 2016.