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Finlândia: Nem o Pai Natal escapa aos credores

Aquele que é conhecido como o escritório do Pai Natal tem uma semana para pagar mais de 200 mil euros em dívidas a credores. O parque da Lapónia, na Finlândia, tem vindo a perder receitas com os efeitos da economia global.

Bloomberg
21 de Agosto de 2015 às 19:26
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O escritório do Pai Natal, localizado em Rovaniem, uma aldeia da Finlândia próxima do Ártico, está a próxima da falência. A empresa que gere esta aldeia de Natal, a Dianordia Oy, e que é um ponto de referência e visita obrigatória no país tem uma semana para arrumar as finanças e pagar as suas dívidas, no valor de 200 mil euros.

Ponto de visita do país, a Dianordia Oy é frequentemente utilizada por políticos finlandeses para receberem diplomatas em visita à Finlândia. Os problemas começaram com a diminuição do volume de turistas da Grécia, Itália e Espanha, cujas economias enfrentam também um período de crise económica.

Também desde o conflito com a Ucrânia que o número de visitantes russos, que representava uma forte fatia do total de visitantes, diminuiu mais de 5%. "O estado da economia global influencia o nosso negócio", justifica o director executivo da empresa, Jarmo Kariniemi em declarações à Bloomberg, acrescentando que "os problemas do mundo estão a afectar a nossa economia".

O director acredita que ainda é possível encontrar uma solução para financiar as dívidas e salvar a empresa da falência. Uma das estratégias futuras passa pelo ajustamento da empresa à mudança dos fluxos das receitas que foram afectados pelos choques económicos.

Apesar do futuro incerto, os "ajudantes do Pai Natal" garantiram esta semana na sua página do Facebook que irão manter o espírito natalício. "Somos uma empresa pequena, e os tempos não estão fáceis para nós também, mas continuaremos a trabalhar para o espírito de Natal", escrevem. "Apesar das últimas notícias, vamos continuar a sorrir a trabalhar para um futuro melhor."

Este é apenas um dos exemplos de negócios finlandeses a tentar sobreviver aos desafios da recuperação económica e das consequências da austeridade. A agência de classificação de risco de crédito Moody’s Investors Service já disse que o país enfrenta o quarto ano de contracção económica que coloca em risco a sua classificação de AAA.

O primeiro-ministro finlandês, Juha Sipila, afirmou que a única maneira da Finlândia recuperar é através da redução dos custos de produção. Os custos de produção na Finlândia são cerca de 20% mais elevados do que em muitos outros parceiros comerciais, incluindo Alemanha. No entanto, esta não foi uma medida bem recebida pelas associações de trabalhadores. Até agora sindicatos e Governo não conseguiram chegar a acordo.

Com níveis de desemprego a subirem aos 10% nos últimos cinco meses, a Finlândia assiste ainda ao declínio do sector do papel, incapaz de acompanhar a evolução do mundo digital. Também esta sexta-feira, 21 de Agosto, a Microsoft confirmou que irá fechar a unidade de produção de smartphones em Salo, na Finlândia, e que cortará 2.300 postos de trabalho no país.

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