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Mark Zuckerberg sob fogo por recusar moderar publicações de Trump

Vários responsáveis de grupos de defesa de direitos civis norte-americanos criticaram esta terça-feira o fundador da plataforma de conteúdos digitais Facebook, Mark Zuckerberg, por se recusar a moderar mensagens polémicas do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

02 de Junho de 2020 às 18:42
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"Estamos desapontados e surpreendidos com as explicações incompreensíveis de Mark pela decisão de manter as publicações de Trump", afirmaram Vanita Gupta, Sherrilyn Ifill e Rashad Robinson, líderes de três grandes organizações de direitos civis no Estados Unidos.

A reação dos ativistas acontece depois de uma conversa telefónica, na noite de segunda-feira, com Zuckerberg e Sheryl Sandberg, a número dois do Facebook.

A rede social decidiu não mexer nas mensagens do Presidente norte-americano sobre a votação por correspondência e a ameaça do uso de força contra cidadãos norte-americanos que protestam contra a brutalidade policial, o racismo e a desigualdade social.

"Ele [Mark Zuckerberg] não demonstrou compreensão das restrições históricas e contemporâneas ao direito de voto e recusa-se a reconhecer até que ponto o Facebook facilita os apelos de Trump na violência contra os manifestantes", disseram os três responsáveis.

Mark Zuckerberg está em posição delicada depois de se demarcar da posição assumida pelo diretor-executivo da rede social Twitter, Jack Dorsey, que optou por uma sinalização das publicações de Trump consideradas enganadoras e que mascaram incitamentos à violência.

Zuckerberg preferiu deixar essas mensagens visíveis, invocando liberdade de expressão e o interesse do público em ser informado.

Internamente, vários funcionários repudiaram a posição do seu chefe, lançando uma greve 'online' na segunda-feira para marcar o seu desacordo com a política que consideram ser muito negligente.

"Agradecemos aos líderes dos grupos de direitos cívicos terem partilhado os comentários francos e honestos com Mark e Sheryll. Este é um momento importante para escutar e esperamos poder continuar essas conversas", respondeu um porta-voz do Facebook, acerca do telefonema de segunda-feira à noite.

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