A Nvidia está a ter dificuldades em aumentar o número de vendas dos novos "chips" para o mercado chinês, com a elevada oferta a obrigar a que a marca coloque o preço abaixo da rival Huawei, reduzindo também as margens, avança a Reuters, que cita fontes conhecedoras do assunto.

A redução dos preços sublinha os desafios que a Nvidia, e outras empresas de "chips" ocidentais, enfrentam na China, devido às sanções às exportações por parte dos Estados Unidos e ao aumento de concorrência. Geram também dúvidas relativamente a um segmento de negócio que contribuiu em 17% para as receitas do último ano fiscal da Nvidia.

A empresa liderada por Jensen Huang, que domina o mercado de "chips" para inteligência artificial, introduziu três novos semicondutores especificamente desenhados para a China no final do ano passado, depois de terem sido aprovadas sanções nos Estados Unidos que impedem a exportação dos "chips" mais avançados.

Entre os novos "chips", o H20 é aquele em que a marca deposita maiores esperanças, por ser o mais avançado disponível na China, mas tem sido vendido com descontos de 10% face ao rival Ascend 910B da Huawei, o mais poderoso de uma marca chinesa.

Já na apresentação de resultados do primeiro trimestre, os responsáveis da Nvidia tinham alertado que o negócio da empresa na China era "significativamente" mais baixo do que no passado, devido às sanções. "As receitas dos nossos centros de dados na China diminuíram significativamente quando comparado com valores anteriores à imposição das novas restrições ao controlo das exportações, em outubro", afirmou a CFO da empresa, Colette Kress.

"Esperamos que o mercado na China continue a ser muito competitivo", disse ainda.