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Google vai proibir publicidade sobre criptomoedas
O Google deixará de permitir publicidade sobre conteúdo relacionado às criptomoedas, anuncia a empresa citada na CNBC. Já em Janeiro, o Facebook tinha tomado a mesma medida.
O Google está a proceder à actualização das políticas publicitárias relativamente aos serviços financeiros de forma a proibir qualquer publicidade sobre conteúdos relacionados com criptomoedas, incluindo as ofertas iniciais de moedas (ICO), carteiras e negociações de publicidade nas próprias plataformas de anúncios do Google, afirmou Scott Spencer, director de publicidade do Google, à CNBC.
Esta medida significa que, mesmo as empresas que apresentem ofertas legítimas relativamente às criptomoedas não vão ter os seus conteúdos publicitados no Google. Uma actualização que vai entrar em vigor já a partir de Junho, de acordo com o comunicado da empresa.
"Não temos uma bola de cristal para saber onde o futuro nos vai levar em relação às criptomoedas mas a verdade é que já vimos danos suficientes no consumidor e outros possíveis danos que podem ser causados. Esta é uma área que queremos abordar com extrema cautela", salienta Scott.
A grande adesão às criptomoedas produziu não só riqueza como também entusiasmo, no entanto, este é ainda um sector amplamente não regulamentado e que acabou por gerar inúmeros esquemas fraudulentos.
Uma medida que chega depois do Google ter divulgado o seu relatório anual de publicidade, tendo sido considerada em termos publicitários como de "confiança e segura", afirma o comunicado da empresa citado na CNBC.
O Google relata ter retirado mais de 3,2 mil milhões de anúncios em 2017 que violavam as regras de publicidade da empresa, um número que é quase o dobro do registado em 2016, cerca de 1,7 mil milhões de anúncios.
Esta abordagem do Google segue no mesmo sentido do Facebook que, no início do ano, tomou uma posição semelhante relativamente às criptomoedas. Num comunicado da rede social divulgado em Janeiro deste ano pode ler-se que "a publicidade enganosa não tem lugar no Facebook".