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Fornecedora da Apple na China surpreende ao permitir eleições para comissão de trabalhadores

Pela primeira vez uma grande empresa chinesa permitirá aos funcionários escolher democraticamente uma comissão de representantes. Antes das eleições os trabalhadores serão esclarecidos sobre as verdadeiras funções de um sindicatos com o apoio de uma organização norte-americana.

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04 de Fevereiro de 2013 às 14:00
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A Foxconn, fabricante de produtos electrónicos que tem a Apple como principal cliente, planear eleições para um sindicato nas fábricas que detém na China, pela primeira vez, segundo o "Financial Times".

 

Este passo pode representar uma grande mudança no mercado laboral chinês. No país os sindicatos são habitualmente controlados pelas empresas e pelo governo. Nunca, até aqui, uma grande empresa tinha tomado uma decisão do género.

 

A maior empregadora privada na China, que assegura 1,2 milhões de postos de trabalho, garantiu que o processo terá uma grande representação de trabalhadores juniores e que não haverá interferência da gestão.

 

As eleições para a direcção da união sindical ocorrerão de cinco em cinco anos, através de voto secreto, afirmou a Foxconn ao Financial Times. A Fai Laibor Association (FLA) ajudará a Foxconn a ensinar os trabalhadores como escolher os seus representantes. Muitos trabalhadores desconhecem quais as verdadeiras funções de um sindicato.

 

O método que levou à eleição da actual união sindical “não foi democrático porque houve transparência na nomeação dos candidatos”, afirmou, ao FT, uma fonte que está a trabalhar nas próximas eleições. A mesma fonte acrescentou que “mais de metade dos membros da comissão pertencem à gestão” da companhia.

 

Com esta medida, a tecnológica pretende responder aos protestos e greves que têm trazido custos à empresa. As negociações terão sido encorajadas pelo governo chinês. Para além disto, a Apple terá pedido à FLA (associação de trabalho justo) uma auditoria às unidades dos seus principais fornecedores que encontrou na falta de representação dos trabalhadores uma das principais queixas.

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