Notícia
Falta de "chips" atrasa entregas de portáteis até cinco meses e aumenta preços
A crise dos "chips", que tem afetado a indústria automóvel nos últimos meses, chegou aos computadores portáteis. As entregas estão a demorar até cinco meses e os preços a subir, avança o Cinco Días.
17 de Agosto de 2021 às 10:12
A crise dos "chips" está a ter impacto na indústria automóvel, mas está também a afetar os fabricantes de computadores portáteis, telemóveis e outros equipamentos eletrónicos. A escassez de semicondutores está a levar a que os prazos de entrega dos produtos possam estender-se até aos cinco meses.
A "indústria está hoje dois trimestres atrás do mercado. É uma situação muito complicada" porque os prazos para a entrega dos equipamentos era de "45 dias ou dois meses no máximo e, agora, em muitos casos, já passou para quatro ou cinco meses", refere uma fonte do setor ao jornal espanhol Cinco Días.
Citado pelo jornal, Mikako Kitagawa, responsável da consultora Gartner, referiu recentemente num relatório que a "escassez global de semicondutores e as consequentes limitações no fornecimento de componentes aumentaram o tempo de espera de alguns portáteis para até 120 dias". De acordo com a consultora, isto levou a um aumento do custo das componentes e a um consequente agravamento do preço dos produtos para os consumidores.
Por outro lado, Alberto Ruano, diretor-geral de Lenovo Espanha, refere que a sua empresa e outras não estão a concorrer a alguns concursos públicos porque as autoridades estão a penalizar os fornecedores por não cumprirem os prazos de entrega. "É muito triste, porque conhecem perfeitamente a situação que estamos a atravessar, não só devido à falta de semicondutores, mas também à forte procura por computadores devido à pandemia", refere à publicação.
A HP perdeu 11,3% das vendas de computadores portáteis. Já a Microsoft reconheceu, na sua apresentação de resultados, que as vendas recuaram 20% entre abril e junho devido à crise dos "chips". Também Tim Cook, CEO da Apple, disse numa conferência com analistas, após apresentar as contas, que os problemas no fornecimento de componentes vão afetar as vendas do iPhone e do iPad no segundo semestre, ou mesmo depois disso.
A "indústria está hoje dois trimestres atrás do mercado. É uma situação muito complicada" porque os prazos para a entrega dos equipamentos era de "45 dias ou dois meses no máximo e, agora, em muitos casos, já passou para quatro ou cinco meses", refere uma fonte do setor ao jornal espanhol Cinco Días.
Por outro lado, Alberto Ruano, diretor-geral de Lenovo Espanha, refere que a sua empresa e outras não estão a concorrer a alguns concursos públicos porque as autoridades estão a penalizar os fornecedores por não cumprirem os prazos de entrega. "É muito triste, porque conhecem perfeitamente a situação que estamos a atravessar, não só devido à falta de semicondutores, mas também à forte procura por computadores devido à pandemia", refere à publicação.
A HP perdeu 11,3% das vendas de computadores portáteis. Já a Microsoft reconheceu, na sua apresentação de resultados, que as vendas recuaram 20% entre abril e junho devido à crise dos "chips". Também Tim Cook, CEO da Apple, disse numa conferência com analistas, após apresentar as contas, que os problemas no fornecimento de componentes vão afetar as vendas do iPhone e do iPad no segundo semestre, ou mesmo depois disso.