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Empresas de Silicon Valley formam consórcio para ganhar contratos do Pentágono
A SpaceX de Elon Musk faz parte deste consórcio de tecnológicas que quer disputar o negócio da defesa norte-americana.
São nomes que não passam despercebidos. SpaceX, OpenAI, Saronic e Scale AI deverão fazer parte de um megaconsórcio que irá concorrer, juntamente com os gigantes tecnológicos da defesa Palantir e Anduril, a contratos do Governo americano. A ideia é destronar as empresas que controlam estes concursos, avança o Financial Times, citando fontes próximas das negociações.
Este grande consórcio deverá ser anunciado já em janeiro. "Estamos a trabalhar em conjunto para criar uma nova geração de fornecedores na área da defesa", disse ao jornal britânico uma fonte envolvida com a criação deste grupo.
O orçamento da Defesa norte-americano conta com 850 mil milhões de dólares, e envolve prestadores de serviços desde a Lockheed Martin, Raytheon à Boeing. Este novo consórcio, diz o FT, vai ter o peso das mais valiosas empresas de Silicon Valley e poderá destacar-se no fornecimento de armas e tecnologia de defesa de ponta e mais eficiente.
A procura por empresas tecnológicas na área da Defesa tem vindo a aumentar, principalmente pelas que dão cartas na inteligência artificial, numa altura em que duas guerras são disputadas no plano internacional - Ucrânia e Médio Oriente - e quando a tensão geopolítica entre os EUA e a China aumenta.
As ações da Palantir (de Peter Thiel), por exemplo, subiram 300% no último ano, dando à empresa uma capitalização bolsista de 169 mil milhões de dólares, maior que a da Lockheed Martin. Já a SpaceX, de Elon Musk, valia este mês 350 mil milhões - tornando-se a maior start-up privada do mundo - e a OpenAI chegou aos 157 mil milhões. Todas estão agora a tentar ficar com uma fatia do negócio da defesa norte-americano.