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Diretor-geral da SAP Portugal: “A tecnologia dá hipóteses como nunca às PME”

O diretor-geral da SAP Portugal defende a "democratização da tecnologia", que no seu entender dá às PME ferramentas para mais rapidamente se especializarem e até começarem a caminhar na direção da internacionalização.

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O líder da SAP em Portugal entende que a evolução tecnológica é uma oportunidade de desenvolvimento para as Pequenas e Médias Empresas, que devem ponderar em insistir menos na customização dos softwares que usam.

Em entrevista ao Negócios e Antena 1, Nuno Saramago afirma que a adaptação de sistemas informáticos às necessidades específicas das empresas pode reverter contra elas, mas diz que a "cloud" e standardização podem ajudar as PME.

"A standardização pode definitivamente ajudar" as PME, acredita, acrescentando que "outra coisa que ajuda bastante é a democratização a que estamos assistir nas últimas tecnologias, como é o caso da inteligência artificial. A partir do momento em que conseguirmos ter alguma standardização, [podemos] servir [melhor] estas empresas mais pequenas - que é a maioria do nosso sistema empresarial - através de serviços na 'cloud'".

Os serviços "na nuvem", explica, são "uma forma de disponibilizar [produtos ou serviços] rapidamente a estas empresas e dá-nos uma escala que nos permite servi-las a um custo apropriado para elas. Com a standardização, com a "cloud" e com a democratização das novas tecnologias, cujo ciclo de adoção é muito mais rápido do que alguma vez foi, estamos num momento em que as PME têm uma hipótese, como nunca antes, de se especializar e até internacionalizar. Grande parte dos clientes mais pequenos que temos tido tem sido por esta necessidade de internacionalização", revela.

Mas primeiro há que deixar a lógica dos "fatos à medida" no que ao software diz respeito. 

Para o diretor-geral da SAP Portugal, em Portugal existe "a tendência, principalmente se compararmos com os países nórdicos, em fazer muito à nossa maneira, em customizar muito", o que nem sempre tem lógica, dado que o fazemos "às vezes porque achamos que é a melhor forma, outras vezes porque sempre foi feito assim, outras vezes porque é assim que sempre conduzimos o processo".

A customização, embora pareça fazer sentido a curto prazo, pode trazer problemas num horizonte mais alargado, defende. 

"Os fatos por medida são caros e, às vezes, mais difíceis de atualizar. Nalguns países nórdicos a standardização avança muito mais rapidamente. A forma como se conduzem processos financeiros é standard. A maior parte das empresas fazem assim, não reinventam a roda. Os sistemas de informação refletem os processos que as empresas têm no dia a dia. Tem a ver com as formas de trabalhar. Muitas vezes temos a tendência de fazer um fato à medida e customizar quando podíamos aproveitar essa energia para customizar aquilo que realmente nos diferencia. Se trabalho num produto específico, é aí que tenho de investir os meus recursos, capital e esforço", argumenta Nuno Saramago.
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