Notícia
"Há pressão" para o uso da inteligência artificial, diz o diretor-geral da SAP Portugal
A inteligência artificial (IA) veio para ficar, acredita o diretor-geral da SAP Portugal. Nuno Saramago explica ao Negócios e Antena 1 que a empresa já a utiliza e vai integrá-la ainda mais nos produtos e serviços.
A carregar o vídeo ...
O uso da inteligência artificial (IA) no meio empresarial é uma revolução que já está a causar disrupções, considera o diretor-geral da SAP Portugal. Em entrevista ao Negócios e Antena 1, Nuno Saramago afirma que há pressão, frequentemente feita pelos trabalhadores da empresa, para a adoção cada vez mais intensa dessa tecnologia.
"Hoje qualquer um pode ir à Internet e pedir a um sistema de IA para gerar um programa de informática", sublinha o responsável da consultora, explicando que "se as empresas não tomam esta decisão, mesmo sabendo que os concorrentes o podem fazer, são os colaboradores que trazem estas ferramentas para a empresa. Mais vale discutir abertamente e ver a melhor forma de utilizá-las com responsabilidade".
A SAP Portugal, de resto, já está a integrar a IA nos seus produtos, tendência que vai alargar em 2024. "Na SAP procuramos fornecer uma inteligência artificial de negócio relevante, feita com dados que estão no sistema daquela empresa, e robusta, porque, por exemplo, interajo com o sistema e ele pode gerar uma proposta de recrutamento de uma pessoa", diz Nuno Saramago. "Mas vai fazê-lo com base nos dados que estão nesse sistema", complementa.
Esse uso, no entanto, será "responsável em termos de ética. Estamos na linha da frente na União Europeia, com a lei para a inteligência artificial e a sua aplicabilidade. A SAP tem, desde 2008, um comité de ética que procura assegurar que tudo o que desenvolvemos é de acordo com princípios de igualdade e inclusão e respeita a legislação", assegura.
Saramago confessa que há que olhar para a IA com "muita seriedade". O diretor-geral da SAP entende que a inteligência artificial representa uma transformação que "vai ser completamente disruptiva para todas as funções e todos os setores. Está a ser. Tem de haver algum balizamento e preocupação, quer nas áreas de utilização quer na forma como é utilizada e algum escrutínio dos resultados. Ou seja, os resultados são obtidos com base em que informação? Mesmo quando temos pessoas a desenvolver sistemas, temos de garantir diversidade e multiplicidade de perspetivas. Temos de olhar de forma muito séria para a forma como está a ser aplicada", alerta.
"Hoje qualquer um pode ir à Internet e pedir a um sistema de IA para gerar um programa de informática", sublinha o responsável da consultora, explicando que "se as empresas não tomam esta decisão, mesmo sabendo que os concorrentes o podem fazer, são os colaboradores que trazem estas ferramentas para a empresa. Mais vale discutir abertamente e ver a melhor forma de utilizá-las com responsabilidade".
Esse uso, no entanto, será "responsável em termos de ética. Estamos na linha da frente na União Europeia, com a lei para a inteligência artificial e a sua aplicabilidade. A SAP tem, desde 2008, um comité de ética que procura assegurar que tudo o que desenvolvemos é de acordo com princípios de igualdade e inclusão e respeita a legislação", assegura.
Saramago confessa que há que olhar para a IA com "muita seriedade". O diretor-geral da SAP entende que a inteligência artificial representa uma transformação que "vai ser completamente disruptiva para todas as funções e todos os setores. Está a ser. Tem de haver algum balizamento e preocupação, quer nas áreas de utilização quer na forma como é utilizada e algum escrutínio dos resultados. Ou seja, os resultados são obtidos com base em que informação? Mesmo quando temos pessoas a desenvolver sistemas, temos de garantir diversidade e multiplicidade de perspetivas. Temos de olhar de forma muito séria para a forma como está a ser aplicada", alerta.