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Chineses da Foxconn estudam investir 7 mil milhões nos EUA
A concretizar-se, este investimento vai criar entre 30 a 50 mil postos de trabalho. Mas ainda não está certo.
A chinesa Foxconn tem em estudo a construção de uma fábrica nos Estados Unidos, que a concretizar-se representará um investimento de 7 mil milhões de dólares e a criação entre 30 a 50 mil postos de trabalho.
O anúncio foi efectuado por Terry Gou, presidente daquela que é actualmente a maior fabricante mundial de produtos electrónicos. E surge numa altura em que se perspectiva uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos e depois de Donald Trump ter assumido um discurso proteccionista na sua tomada de posse na sexta-feira.
Gou alertou que ainda não é certo que este investimento venha a acontecer, estando dependente de várias condições e de negociações com o Governo norte-americano. Revelou também que há vários anos que esta possibilidade está em cima da mesa e que a Foxconn irá dar prioridade ao estado da Pensilvânia, onde já tem operações.
Este investimento da Foxconn, através da sua filial Sharp, deve-se sobretudo ao facto de o mercado norte-americano estar em forte crescimento e ser nesta altura mais barato produzir directamente nos Estados Unidos em vez de exportar a partir da China.
A Apple, que tem na Foxconn um dos principais fornecedores, é um potencial investidor neste projecto, de acordo com Terry Gou.
A ameaça de Trump implementar políticas proteccionistas tem gerado nervosismo nas fabricantes chinesas, já que o presidente dos Estados Unidos quer aumentar as tarifas sobre as importações de alguns países, com os chineses à cabeça.
Gou reconheceu que o aumento do proteccionismo nos Estados Unidos é "inevitável", mas questionou se os consumidores norte-amerinos estão disponíveis para pagar mais por produtos com a mesma qualidade. Desvalorizando as notícias sobre as pressões do Governo chinês, Gou afirmou que a Foxconn vai continuar a investir no país de origem.