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Toyno lança-se noutros voos e de burro não tem nada
Empresa começou com o lançamento de produtos em cartão, mas passados dois anos, ambiciona ir mais longe. A preparar uma nova linha de produtos, até ao final do ano, a Toyno quer acelerar a internacionalização.
Tudo começou com um burro, hoje já tem um elefante, um crocodilo e prepara-se para lançar uma girafa. Mas a Toyno não quer ficar conhecida apenas por ser a empresa que lança produtos de cartão. Rui Quinta, co-fundador da Toyno, admite que a empresa está numa "fase crucial", pois "é aqui que muitas empresas ou dão o salto ou morrem".
Rui Quinta e Joana Brígido começaram esta aventura há dois anos e há 12 meses constituíram a empresa. "Começámos com dois sócios, juntámos depois mais duas pessoas e agora são mais duas. E à medida que vamos tendo projectos aumentamos de acordo com as necessidade", explicou Rui Quinta.
O que começou por ser um banco para crianças foi transformado num utensílio para adultos, o "Donko", um burro em cartão. Hoje a linha de produtos já é maior, mas Rui Quinta admite que o ritmo de produção de novidades deveria ter sido maior. "Esperamos agora recuperar o ritmo", reconhece.
A Toyno produziu cerca de 500 unidades dos seus animais e grande parte foi para os EUA. "O desafio para 2014 é ter mais produtos e garantir parcerias com distribuidores e lojas para estarmos em mais locais de venda", explicou.
Para arrancar com a empresa, os fundadores recorreram ao "crowd-funding" e garantiram 5.000 euros. A encomenda dos EUA e a parceria com o Pavilhão do Conhecimento para a exposição "foram balões de oxigénio" financeiro. Quanto ao futuro, "precisamos de investimento para a expansão internacional e para promoção, mas para já queremos pôr mais produto nas lojas para escoarmos o nosso ‘stock’ e isso vai ajudar".
A empresa está a ultimar a nova linha de produtos que já não serão em cartão. "Ainda estamos na fase de analisar se serão produtos mais caros ou utilitários e baratos", conta Rui Quinta.
A estratégia da Toyno é continuar a desenvolver novos produtos e vendê-los em Portugal e no estrangeiro e a continuar a investir na concepção de espaços para exposições, nomeadamente fora de Portugal. "Se falarmos daqui a um ano? Gostava de vender 10 vezes mais e adorava estar a fazer duas exposições internacionais", diz Rui Quinta.
Dizer que o mais importante não é o dinheiro parece brincadeira, mas não é, pelo menos na visão de Rui Quinta. O co-fundador da Toyno e responsável por outros projectos é firme em dizer que antes de tentar captar investimento é preciso reunir um conjunto de outras coisas mais relevantes. "Ter pica e paixão é fundamental" para avançar com um projecto de sucesso.
Para o co-fundador da Toyno ter um espaço físico também é relevante. "Isso não é muito valorizado e quanto a mim é errado", refere. Aliado a isso "ter uma equipa e tempo" são os dois ingredientes que faltam para abraçar um projecto próprio, na visão de Rui Quinta. O empresário admite que os erros fazem parte do percurso e a sua empresa cometeu alguns. Mas o objectivo é não ficar toldado pelos obstáculos e continuar a plantar novas ideias até atingir o sucesso.
(Correcção: O co-fundador da Toyno é Rui Quinta e não Rui Quina. Pedimos desculpas ao visado)