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Prodsmart: Continua a querer “transformar a produção numa barra de download”

A Prodsmart, uma start-up que tem um software de gestão da produção, venceu o Caixa Empreender Award. Ao Negócios, o fundador conta que a ambição continua a ser “acabar com o ‘stock’ no planeta e transformar a produção numa barra de download”.

10 de Fevereiro de 2016 às 14:50
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A Prodsmart é uma start-up portuguesa que tem software de gestão da produção para empresas de manufactura e para a indústria transformadora, que actua a partir do momento em que há uma ordem de produção para satisfazer uma encomenda. Em Julho, Gonçalo Fortes (na foto), líder desta start-up, explicava que este sistema "recolhe dados do 'chão de fábrica', usando para isso aparelhos móveis ou sensores, e que dá em tempo real tudo o que está a acontecer no processo produtivo".

A escolha entre os dispositivos móveis - como tablet - e sensores (que não requerem a introdução manual de dados por funcionários) depende das características de cada fábrica. O líder da Prodsmart salientava que, no caso dos dispositivos móveis, é indicado "às pessoas o que têm de fazer ao mesmo tempo que estas reportam o que fizeram". "Isto é feito através de um processo que demora poucos segundos e que permite aos funcionários dizerem que trabalharam em determinada ordem de produção, a quantidade produzida, o tempo e se houve desperdício ou paragens", dizia na altura.

Meses depois, esta start-up venceu o Caixa Empreender Award - prémio foi entregue no passado dia 3 de Fevereiro. E com o prémio veio um cheque de cem mil euros. Além deste montante, a Prodsmart recebeu, algumas semanas antes, outros cem mil euros, por ter vencido o Startup Lisboa Boost. Destino desse dinheiro: "vai ser canalizado para reforçar a equipa, consolidar o mercado português e acelerar a penetração no mercado alemão, melhorar o produto e aumentar a nossa base de clientes satisfeitos em ambos os países", diz o responsável em declarações por escrito ao Negócios.

 

E quais são as ambições para o futuro? "As ambições e perspectivas mantêm-se: acabar com o ‘stock’ no planeta e transformar a produção numa barra de 'download', através da criação de um ecossistema de fábricas interligadas em toda a cadeia de valor".

"Pretendemos quebrar as barreiras da fábrica individual e promover a massificação da Indústria 4.0. Os exemplos que ouvimos falar são sempre provas de conceito de grandes conglomerados, mas a grande maioria do tecido industrial é composta por empresas muito pequenas. Nós pretendemos dar uma camada de automação virtual a estas empresas e transformá-las em ‘digital factories’ [fábricas digitais] e ‘smart factories’ [fábricas inteligentes]", acrescentou.

Gonçalo Fortes assume que o software que disponibilizam tornou-se mais "robusto" desde o Verão e que: "aumentámos a nossa base de clientes, começámos a operar na Alemanha, estando a trabalhar com a Universidade Técnica de Munique e com a Festo, um gigante da automação industrial com mais de 300 mil clientes". Ainda assim, o desenvolvimento do produto é constante, acrescentou.

Em Julho, contavam entrar no mercado britânico até ao final de 2015. Porém, esse destino foi adiado para o segundo semestre deste ano. "A nossa estratégia mudou um pouco [desde Julho] e tivemos a oportunidade de começar a operar na Alemanha, o maior mercado industrial europeu. O Reino Unido continua nos planos, mas mais para a segunda metade de 2016", conta. 

 

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