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A Dosapac já fala nove línguas e vai a caminho de África

O fundador da empresa vai recomprar a posição que a Novabase Capital detém e fica a controlar 100% da sociedade que fundou no sector do software de automação.

Paulo Duarte/Negócios
24 de Março de 2014 às 20:44
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José Mota (na foto) diz que a Novabase Capital fez um bom negócio quando investiu na Dosapac. "Eles fizeram um bom negócio e eu fiz um melhor negócio porque vou ficar com a empresa". O fundador e futuro accionista a 100% da Dosapac não tem dúvidas. O capital de risco "foi óptimo. Se tivesse sido com familiares teria sido muito mais complicado, dá mais problemas. Recomendo", explicou durante uma conferência onde várias start-ups falaram das mudanças no negócio com a entrada de capital.

Neste momento, José Mota acredita que há "suporte financeiro [para] antecipar as necessidades de tesouraria num prazo de, no mínimo, 18 meses".

A Dosapac dedica-se a um sector bastante tradicional da economia portuguesa: a engenharia. Mas José Mota explica que a empresa faz "softwares que comandam a climatização, iluminação, pressão, humidade. Em ambientes mais complicados como os dos blocos operatórios. Em centros comerciais e hipermercados".

A empresa foi criada em 1997 e facturou em 2013 cinco milhões de euros, diz José Mota. Só até ao final de Fevereiro de 2014 o volume de negócios já era de dois milhões, com o empresário a prever uma facturação de 11 milhões no final deste ano, mais do dobro do ano passado.

Hoje com 17 trabalhadores (incluindo estagiários que vão permanecer nos quadros da empresa), conta fechar 2014 com 20 pessoas nos quadros.

Falam-se nove línguas na Dosapac: português, francês, inglês, espanhol, alemão, romeno, russo, ucraniano e italiano. E isso reflecte a orientação da empresa para a internacionalização. "Temos uma experiência interessante em Angola, porque somos das poucas empresas que trabalham simultaneamente nas 18 regiões do país. É um grande desafio sair deste rectângulo e ir para o quadrado de Angola. Não é nada fácil e serve-nos como laboratório para a expansão para o Norte de África" diz José Mota.

Além de Angola e Portugal, a empresa está presente na Irlanda (com filial), Inglaterra, França e Espanha, Argélia e Marrocos. E a expansão deverá alargar-se para o Gana, Togo, Gabão, Namíbia, Chile, Colômbia e EUA, diz José Mota.

E o sector está sempre em evolução e a pedir inovação. "A gestão técnica de edifícios é uma área hiper-dependente dos projectos das restantes especialidades", explica José Mota. E isso exige que a Dosapac, continue "a desenvolver interfaces de controlo concebidos em parceria com peritos de cada sector (hotelaria, centros comerciais, hipermercados)". "O que nós vendemos é a confiança. É o que mais custou a construir", disse José Mota.

 
O início: Da multinacional à Dosapac

A Dosapac nasceu como muitas outras empresas. "Estava a trabalhar numa empresa multinacional exactamente do mesmo ramo", explicou o fundador José Mota. "Basicamente conhecia o negócio, o que era começar do zero, porque na altura Portugal ainda era muito grande e havia a necessidade de criar uma delegação do Norte", diz José Mota, que acabou por abandonar o seu anterior emprego. "Fiquei com a necessidade de criar o Norte todo do zero. E, por isso, quando chegámos a 1997 e quando criei a empresa, já havia alguma coisa para trás - não muito, um pouco. O desafio a seguir foi construir mais utilidade para os mesmos clientes". José Mota acredita que este desafio foi ultrapassado. "Conseguimos oferecer ao mercado algo de diferente, que nos distinguia", realçou.

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