Notícia
Vídeos: Empresários recusam baixar os braços face a contrariedades
Mesmo com as contrariedades causadas pela crise e apesar das dificuldades de acesso às linhas de apoio, o negócio não pára. Veja aqui os vídeos da conferência realizada pelo Negócios, em Guimarães, numa parceria com a Caixa Geral de Depósitos.
Mesmo com as contrariedades causadas pela crise e apesar das dificuldades de acesso às linhas de apoio, o negócio não pára. Veja aqui os vídeos da conferência realizada pelo Negócios, em Guimarães, numa parceria com a Caixa Geral de Depósitos.
No Vale do Ave, a recessão internacional e a já persistente crise do têxtil trouxeram tudo menos tempos fáceis. Numa altura em que os problemas ainda estão para durar, ganha força a certeza de que a internacionalização e a inovação são factores diferenciadores. Só que os apoios institucionais nem sempre respondem às necessidades reais das empresas. Perante as contrariedades, aos empresários pede-se tudo menos que baixemos braços. Não têm outro remédio, argumenta Miguel Pereira, director executivo da Perfel, uma unidade têxtil de Famalicão.
“Se os empresários acham que têm que internacionalizar a sua actividade, a iniciativa tem que partir deles próprios. Se estão à espera de apoios, quando estes chegam correm o risco de a empresa já não existir”, afirma Miguel Pereira.
“Os bancos estão muito mais selectivos que noutros tempos. Por muito que nos custe, isso tem que será assim. Têm menos meios, por isso temos mais dificuldades”, sustenta Manuel José Oliveira, consultor sénior da têxtil Moritex.
Porque a torneira do crédito está mais apertada, o mesmo responsável sustenta que os empresários têm que “ser muito mais convincentes e proporem aos bancos “projectos que sejam fiáveis”.
Os apoios institucionais são desfasados da realidade e das necessidades das empresas, queixam-se os empresários. Os programas estatais de incentivo ao investimento, nomeadamente os que são disponibilizados pelo IAPMEI, impõem critérios de elegibilidade que muitas vezes deixam de fora iniciativas que, a não prosseguirem, inviabilizam o processo de internacionalização das empresas.
Que o diga José Vaz Pinheiro, presidente do conselho de administração da Mundotêxtil, uma empresa que exporta mais de 90% da sua produção.
Se quis apostar nos mercados externos não lhe restou outra alternativa que não fosse o recurso a capitais próprios e ao estabelecimento de parcerias com firmas dos países de destino. Até por isso, não deixa de recomendar que num processo de internacionalização “os responsáveis das empresas devem primeiro olhar para as suas capacidades”. Contudo considera que “os portugueses não devem ter medo de ir lá para fora”.
Inovar e investir
José António Barros, presidente da AEP, considera que “as empresas têm que começar a pensar em comportamentos e em produtos que se destinem claramente a satisfazer necessidades que são identificadas nos mercados”.
Segundo adianta, só desse modo é possível inovar e, “inovando, poder exportar mais”.
No entanto, o responsável da AEP considera que, no actual contexto de crise, só o investimento permitirá ultrapassar os problemas com que as empresas e a economia se defrontam. Por isso defende que “a Banca vai ter de ter capacidade para emprestar mais, desviando empréstimos para as linhas de médio e longo prazo, que são aquelas que devem financiar o investimento”.
Conforme sublinha, a crise teve um efeito de depuração do tecido económico, pelo que “quem resistiu à crise está melhor, pelo que, objectivamente, o risco da banca vai ser menor.”
Apesar de a sentirem, mais do que falar de crise, aquilo de que os empresários querem mesmo ver e ouvir são boas notícias. Nem que estas cheguem do mundo do futebol, notícias daquelas onde caiba o repto lançado por um dos administradores da Ferpel: “ Deixem lá as más notícias. Escrevam é que o Benfica vai ser campeão”. Em devido tempo se verá.
"Banca terá de ter capacidade para emprestar mais e melhor"
José António Barros, presidente da AEP, considera que a “banca terá de ter capacidade para emprestar mais e melhor”.
CGD quer assumir-se como o banco das PME
José Soares de Oliveira, director da CGD, diz que o banco estatal quer assumir-se como o banco das PME
Sistema privado presta garantias para facilitar crédito
José Sousa Branca, administrador da Norgarante, fala sobre as garantias do sistema privado para facilitar o crédito às empresas.
IAPMEI aprova 48% das candidaturas a incentivos
Marília Soares, técnica do IAPMEI, salienta que a entidade aprovou 48% das candidaturas a incentivos.
No Vale do Ave, a recessão internacional e a já persistente crise do têxtil trouxeram tudo menos tempos fáceis. Numa altura em que os problemas ainda estão para durar, ganha força a certeza de que a internacionalização e a inovação são factores diferenciadores. Só que os apoios institucionais nem sempre respondem às necessidades reais das empresas. Perante as contrariedades, aos empresários pede-se tudo menos que baixemos braços. Não têm outro remédio, argumenta Miguel Pereira, director executivo da Perfel, uma unidade têxtil de Famalicão.
“Os bancos estão muito mais selectivos que noutros tempos. Por muito que nos custe, isso tem que será assim. Têm menos meios, por isso temos mais dificuldades”, sustenta Manuel José Oliveira, consultor sénior da têxtil Moritex.
Porque a torneira do crédito está mais apertada, o mesmo responsável sustenta que os empresários têm que “ser muito mais convincentes e proporem aos bancos “projectos que sejam fiáveis”.
Os apoios institucionais são desfasados da realidade e das necessidades das empresas, queixam-se os empresários. Os programas estatais de incentivo ao investimento, nomeadamente os que são disponibilizados pelo IAPMEI, impõem critérios de elegibilidade que muitas vezes deixam de fora iniciativas que, a não prosseguirem, inviabilizam o processo de internacionalização das empresas.
Que o diga José Vaz Pinheiro, presidente do conselho de administração da Mundotêxtil, uma empresa que exporta mais de 90% da sua produção.
Se quis apostar nos mercados externos não lhe restou outra alternativa que não fosse o recurso a capitais próprios e ao estabelecimento de parcerias com firmas dos países de destino. Até por isso, não deixa de recomendar que num processo de internacionalização “os responsáveis das empresas devem primeiro olhar para as suas capacidades”. Contudo considera que “os portugueses não devem ter medo de ir lá para fora”.
Inovar e investir
José António Barros, presidente da AEP, considera que “as empresas têm que começar a pensar em comportamentos e em produtos que se destinem claramente a satisfazer necessidades que são identificadas nos mercados”.
Segundo adianta, só desse modo é possível inovar e, “inovando, poder exportar mais”.
No entanto, o responsável da AEP considera que, no actual contexto de crise, só o investimento permitirá ultrapassar os problemas com que as empresas e a economia se defrontam. Por isso defende que “a Banca vai ter de ter capacidade para emprestar mais, desviando empréstimos para as linhas de médio e longo prazo, que são aquelas que devem financiar o investimento”.
Conforme sublinha, a crise teve um efeito de depuração do tecido económico, pelo que “quem resistiu à crise está melhor, pelo que, objectivamente, o risco da banca vai ser menor.”
Apesar de a sentirem, mais do que falar de crise, aquilo de que os empresários querem mesmo ver e ouvir são boas notícias. Nem que estas cheguem do mundo do futebol, notícias daquelas onde caiba o repto lançado por um dos administradores da Ferpel: “ Deixem lá as más notícias. Escrevam é que o Benfica vai ser campeão”. Em devido tempo se verá.
"Banca terá de ter capacidade para emprestar mais e melhor"
José António Barros, presidente da AEP, considera que a “banca terá de ter capacidade para emprestar mais e melhor”.
CGD quer assumir-se como o banco das PME
José Soares de Oliveira, director da CGD, diz que o banco estatal quer assumir-se como o banco das PME
Sistema privado presta garantias para facilitar crédito
José Sousa Branca, administrador da Norgarante, fala sobre as garantias do sistema privado para facilitar o crédito às empresas.
IAPMEI aprova 48% das candidaturas a incentivos
Marília Soares, técnica do IAPMEI, salienta que a entidade aprovou 48% das candidaturas a incentivos.