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Governo contrata ajuda externa para fechar projetos de investimento

Até ao final do primeiro semestre, o ministro da Economia promete fazer os pagamentos finais a 750 investidoras, recuperando o atraso denunciado pelas empresas. Veja as imagens da tomada de posse da nova direção do IAPMEI.

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O Governo decidiu lançar um concurso para a contratação de serviços externos que apoiem o IAPMEI no trabalho de auditoria necessário à concretização dos pagamentos finais às empresas e para o fecho dos projetos de investimento apoiados pelo Portugal 2020, respondendo assim às queixas dos empresários pela demora neste processo.

 

O prazo para a apresentação de propostas termina na segunda-feira, 3 de março, e o ministro da Economia promete uma adjudicação "rápida". Em conjunto com uma "task force" dedicada a esta missão dentro do IAPMEI, Pedro Siza Vieira acredita que "estes meios reforçados vão permitir encerrar 750 projetos, com a aprovação dos pagamentos finais, até ao final do primeiro semestre".

 

Esta é a resposta do Executivo socialista à dificuldade que o instituto liderado por Nuno Mangas tem sentido para encerrar as contas com as empresas, sendo que estes pagamentos finais são "os que dão mais trabalho a processar". Sem se comprometer com metas ou prazos, prometeu também "reforçar os meios humanos" da instituição, que tem sede no Porto. "Vamos preencher os quadros, na medida do possível, nos próximos tempos [e] passar para uma nova geração todo o conhecimento e experiência acumulada", frisou.

 

Na cerimónia de tomada de posse dos novos membros do conselho diretivo do IAPMEI – Nuno Mangas será acompanhado nos próximos cinco anos pelos vogais Isabel Vaz e Nuno Gonçalves –, Pedro Siza Vieira justificou as dificuldades deste organismo público no acompanhamento dos projetos de investimento empresarial com os "números absolutamente impressionantes" dos primeiros quatro anos de execução do Portugal 2020.

 

Tenho a certeza de que não vamos deixar ficar mal [as empresas] e vamos conseguir processar todas as candidaturas para acompanhar a intensidade das intenções de investimento. Pedro Siza Vieira, ministro da Economia

 

De acordo com os dados fornecidos esta sexta-feira, 1 de março, pelo sucessor de Manuel Caldeira Cabral, face aos primeiros quatro anos de execução do anterior quadro comunitário de apoio (QREN), os projetos que passaram pelo IAPMEI cresceram de 4.500 para 6.800, o investimento apoiado subiu de 3.200 para 5.700 milhões de euros e os pedidos de pagamento (apresentados pelas empresas depois de investirem) dispararam de 5.558 para 16.597 processos.

 

E nos primeiros dois meses de 2019, as candidaturas "continuaram a entrar a um ritmo avassalador", com 780 milhões de euros em intenções de investimento a pedirem o apoio do sistema de incentivos na reprogramação do Portugal 2020. "As empresas querem investir, (…) precisam do apoio dos sistemas de incentivos. Tenho a certeza de que não os vamos deixar ficar mal e vamos conseguir processar todas estas candidaturas para acompanhar a intensidade das intenções de investimento", concluiu o ministro.

Digitalização e indústria 4.0 na agenda do "novo" IAPMEI

"Capacitar as empresas, os recursos humanos e as suas lideranças". Este será um dos objetivos do novo conselho diretivo do IAPMEI, que acaba de ser empossado no Porto, por ser um "tema crítico para a inovação". Nas palavras de Nuno Mangas, que estava no cargo em regime de substituição desde meados de 2018, a transformação digital e a chamada Indústria 4.0 serão as grandes apostas neste particular. Economia circular, sustentabilidade e cibersegurança foram outros assuntos que prometeu colocar na agenda das empresas. Até 2024, além do tradicional apoio às empresas e do foco no "empreendedorismo qualificado e inovador", o novo dirigente quer também a instituição a "atuar em proximidade e reduzir os custos de contexto" para as empresas, sobretudo na vertente da simplificação administrativa e legislativa.

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