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Células que dão vida

Conta-se rapidamente a história de vida da Cell2B, que chegou ao mercado apenas há alguns meses, mas é preciso mais tempo para encontrar o rasto da investigação que, graças ao trabalho dos fundadores da empresa

Células que dão vida
03 de Novembro de 2011 às 12:23
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"Um prémio é sempre uma demonstração de alguma credibilidade. Por outro lado dá-nos visibilidade", Daniela Couto, CEO da Cell2B

Empresa Cell2B
Área de actividade Biotecnologia
Equipa 4 pessoas
Incentivo Prémio Mulher Empresária - APEITE
Conselho de empreendedora "Celebrar cada objectivo atingido: é isso que dá força e animo para continuar"





Conta-se rapidamente a história de vida da Cell2B, que chegou ao mercado apenas há alguns meses, mas é preciso mais tempo para encontrar o rasto da investigação que, graças ao trabalho dos fundadores da empresa, ganhou maturidade para ser testada em seres humanos e com isso iniciou um percurso de preparação para chegar ao mercado com uma oferta comercial.

Licenciada em Engenharia Biomédica na Universidade do Minho, Daniela Couto seguiu na formação académica com um doutoramento em Bioengenharia no Instituto Superior Técnico, no âmbito do programa MIT-Portugal.

Foi aqui que, juntamente com outro fundador da empresa, explorou uma área de investigação com longa tradição no Laboratório de Bioengenharia em Células Estaminais do IST, acabando por ajudar a desenvolver uma terapia inovadora na resposta aos problemas de rejeição nos transplantes de medula óssea. Um tratamento que pode ser também aplicado a situações de rejeição de órgãos como o coração, o fígado ou o rim.

O trabalho chamou a atenção do Instituto Português de Oncologia e a terapia celular foi experimentada em sete doentes. Os resultados não podiam ser mais satisfatórios, com seis doentes a apresentarem respostas muito positivas, em alguns casos na ordem dos 100 por cento.

Em meados do ano passado, juntamente com outros três investigadores, começou a ganhar forma a ideia de criar uma empresa que transferisse para o mercado o resultado da I&D que vinham produzindo. No início de 2011 o plano concretizou-se. O passo seguinte foi encontrar investidores e parceiros para dar início à fase de ensaios clínicos. Uma primeira ronda de financiamento está garantida e os parceiros também. A estimativa da investigadora é de que seja possível colocar produto no mercado num prazo de quatro anos.

No âmbito do doutoramento que está a terminar Daniela esteve nos Estados Unidos, no MIT, durante quase três anos. Reconhece que a experiência, e a própria orientação do programa, vocacionado para o negócio, a muniram das ferramentas necessárias para criar a empresa e promover uma estratégia de mercado.
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