21 de Outubro de 2010 às 11:24
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João Miranda
Empresa Frulact Sector Agro-alimentar Exportação 18 países Número de trabalhadores 370 Volume negócios 2009 59 milhões de euros
João Miranda trabalha num sector que é particularmente afectado por uma das medidas que a proposta de Orçamento do Estado para 2011 contempla: a subida do IVA. Fundador e presidente da Frulact, uma empresa que centra a sua actividade nos preparados à base de fruta para a indústria alimentar, não podia deixar de estar preocupado com o que vê. "Como a incidência é nos produtos transformados, quem sofrerá o primeiro impacto será a agro-indústria, que vai perder competitividade, irá refrear investimentos ao nível da inovação e ver-se-á limitada em termos de recursos, atrasando ou suspendendo processos de internacionalização", diz João Miranda, que é também presidente do Portugalfoods, um pólo de competitividade e tecnologia da fileira agro-alimentar. Numa avaliação mais global da proposta do Orçamento, João Miranda não tem dúvidas em afirmar que vai promover perda de competitividade das empresas, com a agravante da dificuldade actual e futura de acesso ao crédito, o que as irá levar para situações críticas de sobrevivência e aumentar os níveis de desemprego. Encontra alguns pontos positivos na proposta como a aposta do Ministério da Agricultura na internacionalização da Agricultura e Agro-alimentar, o estímulo aos Pólos de Competitividade com um foco nos bens transaccionáveis, a manutenção do PME Invest ou a manutenção e aparente reforço em I&D. Mas diz que se devia ir mais longe nas estratégias conjuntas dos Ministérios da Agricultura e do Ministério da Economia e Inovação, para o sector agro-alimentar, pois é um sector com forte potencial exportador, e que continua a sofrer com a falta de apoio do Estado. |
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