Notícia
10 tendências para 2010
Os sinais de retoma económica são tímidos e o emprego por conta de outrem já não é para a vida. O empreendedorismo é uma actividade cada vez mais estimulada e as oportunidades para criar um negócio próprio, ou expandir a actividade, são tentadoras. Há cuidados...
Os sinais de retoma económica são tímidos e o emprego por conta de outrem já não é para a vida.
O empreendedorismo é uma actividade cada vez mais estimulada e as oportunidades para criar um negócio próprio, ou expandir a actividade, são tentadoras.
Há cuidados recorrentes quando opta por este caminho.
O primeiro passa por traçar um plano de negócios realista e tendencialmente conservador, para evitar surpresas desagradáveis.
Estas 10 tendências que propomos englobam fontes de financiamento, sectores de actividade e até um país, Angola.
Vão das óbvias energias renováveis às redes sociais, passando pelo apoio à população sénior. E devem ser lidas como meras sugestões
QREN
Inovação no topo da lista
O empreendedorismo é uma actividade cada vez mais estimulada e as oportunidades para criar um negócio próprio, ou expandir a actividade, são tentadoras.
Há cuidados recorrentes quando opta por este caminho.
O primeiro passa por traçar um plano de negócios realista e tendencialmente conservador, para evitar surpresas desagradáveis.
Estas 10 tendências que propomos englobam fontes de financiamento, sectores de actividade e até um país, Angola.
Vão das óbvias energias renováveis às redes sociais, passando pelo apoio à população sénior. E devem ser lidas como meras sugestões
QREN
Inovação no topo da lista
O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), em vigor até 2013, possui uma área distinta de apoio ao empreendedorismo qualificado, destinado a pequenas e médias empresas (PME) criadas de raiz ou criadas há menos de três anos. Os apoios financeiros vindos de Bruxelas constituem um bom suporte para arrancar com um negócio. Apoiam-se actividades ligadas ao turismo, valorização dos património cultural ou natural e eficiência energética, entre outros, desde que tenham uma vertente fortemente inovadora. Os apoios rondam os 25% da despesa elegível, mas podem atingir os 50% se os promotores forem do sexo feminino ou apresentarem idades entre os 18 e 35 anos. As candidaturas terminam a 31 de Janeiro de 2010. Mais informações em www.incentivos.qren.pt/ /document/20091127 _AAC34_Inov_Empreendedorismo.pdf.
Angola
Sucesso com parceiro incluído
O FMI estima que a economia angolana registe um crescimento de 9,3% em 2010, muito acima da média do continente africano, que será de 4%. No ano que agora está a findar o "el dorado" mostrou as suas fragilidades, com atraso nos pagamentos a fornecedores. De qualquer forma, Angola continuará a assumir-se como destino privilegiado das exportações portuguesas. Investimentos nos sectores da metalurgia, saúde, tecnologias de informação e educação têm sucesso quase garantido. Desde que os empresários se associem a um parceiro local e tenham a noção de que em Angola toda o lançamento de um negócio é caro e demorado. Além disso, obter um visto é uma tarefa homérica. Recomenda-se sempre consultas ao Aicep (http://www.portugalglobal.pt/) e Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (http://www.cciportugal-angola.pt/).
Apoio domiciliário
Potencial compensa falta de 'glamour'
O empreendedorismo na área social está a dar os primeiros passos em Portugal. "O sistema nacional de apoio social não está integrado nem tem capacidade para dar resposta ao que são as novas necessidades da população mais sénior e das suas famílias, e estão excluídos do sistema os que têm necessidades especiais e que precisam de soluções flexíveis e personalizadas de apoio domiciliário economicamente acessíveis", afirmou Jorge Monteiro, director do franchising Comfort Keepers Cuidados Domiciliários, citado pelo site tormo.pt. A actividade tem pouco 'glamour', mas o seu peso é crescente, atendendo a que 17% da população nacional é idosa. Pode ver informações em http://www.comfortkeepers.pt/.
Redes sociais
As novas montras das marcas
A comunicação através das redes sociais vai continuar a crescer. Em Portugal existem 3,2 milhões de utilizadores inscritos no Hi5, mais de 900 mil no Facebook e cerca de 60 mil no Twitter. Ou seja, uma multidão de potenciais consumidores. As marcas estão especialmente atentas a este fenómeno e vão precisar de quem lhe produza vídeos interactivos onde os consumidores vão poder comprar produtos enquanto assistem a conteúdos multimédia. O micro-comércio será outra ferramenta comunicacional em destaque. "Oferecer bens e serviços em micro-pagamentos pode ajudar uma marca a transformar o comportamento de compra, até agora premeditado, em compras compulsivas", diz o grupo Fullsix (http://www.fullsix.com.pt/) que destacou 10 tendências de comunicação para 2010.
Energias
Negócios com luz própria
As energias limpas fazem parte do admirável mundo novo, climaticamente responsável, que se pretende construir. A adesão dos consumidores a este projecto dependerá, no entanto do binómio custo/benefício. Winfried Hoffmann, presidente da Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica, sustentou à revista "Negócios & Franchising" que a escalada dos preços da energia irá ser um factor decisivo para convencer os consumidores domésticos para as vantagens da energia solar, a qual se poderá traduzir numa redução anual de 5% na factura da electricidade. Os subsídio do Estado à produção doméstica de energia constituem um incentivo adicional. Para os empreendedores existem franchisings como os da Solar Project (http://www.solarproject.pt/) ou Verde Solar /http://verdesolar.com).
Tecnologias
Oportunidade na pegada ecológica
A "onda verde" que está a invadir a consciência dos líderes empresariais vai transformar-se num bom nicho de mercado para as tecnologias de informação. Se está a ponderar entrar nesta área de negócio saiba que, durante o próximo ano, 75% das empresas alvo de um estudo da Gartner (http://www.gartner.com/) estarão preocupadas com a pegada ecológica e a energia consumida por uma determinada tecnologia, quando chegar o momento de decidir sobre a compra de um determinado 'hardware'. Outra tendência deste movimento será a de optar por fornecedores que tenham uma consciência "verde", e que reduzam ao mínimo as suas emissões de dióxido de carbono. O ambiente vai contaminar todas as decisões de negócio, apostando em formas alternativas de distribuir tecnologias e serviços.
Saúde
A cultura do bem-estar
Ginásios. Centros de estética e de massagens. Cuidados preventivos. Todos os negócios que giram à volta da saúde e do bem-estar, estão em ascensão. Esta nova atitude tem a ver com a procura de um equilíbrio, mas também com a necessidade de transmitir aos outros uma imagem saudável. A sociedade passa estes comportamentos como um exemplo de boas práticas e os franchising, de ginásios por exemplo, têm vindo a crescer, "Por cada euro investido na boa forma física, poupam-se cinco euros em tratamentos médicos.A saúde é o nosso bem mais precioso, e se a descuidarmos teremos sérios custos, a longo prazo, em termos de qualidade de vida e económicos", sustenta Roberto Rodriguez, director-geral da rede de ginásios Curves Ibéria, citado pelo site tormo.pt. Um franchising de um ginásio Vivafit, só para mulheres, ascende a 120 mil euros (http://www.vivafit.pt/).
Financiamento
Os sectores mais propostos aos "anjos"
O recurso aos "business angels" é uma boa alternativa para lançar uma actividade empresarial própria. As áreas da Internet, telecomunicações, "software", ciências da vida, biotecnologia e turismo são áreas em que estes financiadores de negócios têm sido solicitados. O QREN criou uma linha específica destinada aos "business angels" que permitirá aumentar, em 15 milhões de euros, a capacidade de investimento em projectos. Além dos apoios monetários, os "anjos" ajudam também na gestão, uma área onde muitos empreendedores apresentam dificuldades. Uma boa forma de saber se a sua ideia tem pés para andar é recorrer à Federação Nacional de Associações de Business Angels (http://www.fnaba.org/). Preenche uma ficha em que explica o seu projecto (por enquanto só disponível em inglês) e esta organização diz-lhe qual a viabilidade do mesmo depois de uma consulta aos seus membros associados.
Consumo
Conciliar equilíbrio e sofisticação
O mundo dá os primeiros sinais de saída da crise, mas o regresso à normalidade económica nunca acontecerá antes de 2012/2013. Durante este período existem tendências de consumo, as quais se estão a constituir como alternativa. Por exemplo, à boleia da crise, as refeições rápidas, mais baratas mas também mais saudáveis, assumem-se como uma boa oportunidade de negócio. Para os consumidores com maior poder de compra, os produtos biológicos começam a fazer parte do seu modo de vida. Neste particular irá ser dominante uma cultura urbana que ser traduzirá "em consumidores mais sofisticados e numa procura de igual nível" um pouco por todo o mundo (http://sportup.worldpress.com/). Por outro lado, as grandes superfícies comerciais estão progressivamente a integrar, na área dos alimentares, produtos locais. Estes funcionam quase como um traço distintivo no domínio social e têm cada vez mais consumidores.
Animais de estimação
Os amigos precisam de cuidados
"Existem duas formas das pessoas se refugiarem quando passam por dificuldades: a música e os gatos". A constatação do prémio Nobel da Paz, Albert Schweitzer (1875-1965), resiste aos tempos. Em Portugal existem cerca de dois milhões de animais de estimação e 25% dos agregados familiares têm, pelo menos, um amigo de "quatro patas". As oportunidades neste negócio passam pelas tradicionais lojas de animais ou pelas emergentes, como passear cães. Os portugueses ainda gastam pouco com os cuidados de saúde dos seus animais de estimação, 33,8% menos que a média da União Europeia a 15. Por isso, o potencial de crescimento é grande, forçado até pelas boas práticas sociais. Em contrapartida, falta ainda que a despesa com animais seja passível de desconto no IRS. Em 2009, os norte-americanos terão gasto 36 milhões de animais, contra os 28,7 milhões de 2008 (www.entrepreneur.com/trens/index.html).