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iflix com injecção de capital para enfrentar Netflix
Os investidores do serviço de streaming para os mercados emergentes viram o lucro crescer 300 milhões de dólares. Um grande grupo de media norte-americano é o mais recente investidor.
A iflix, empresa que fornece serviços de vídeo em streaming nos mercados emergentes, tem mais 133 milhões de dólares para impulsionar o seu negócio. A mais recente ronda de atracação de investimento foi liderada pelo grupo de media norte-americano Hearst, que conta com o BuzzFeed no seu portfólio. Esta, que é uma concorrente da Netflix, já tinha como investidores a Sky Plc, a Liberty Global Plc e a Evolution Media Capital, entre outros.
O investimento anunciado esta semana pode ajudar a empresa a enfrentar os seus maiores concorrentes, Netflix Inc. e Amazon.com Inc, com a Reuters a considerar que a iflix é um bom investimento para 2017.
A iflix foi lançada em Maio de 2015 inicialmente a pensar no mercado asiático, por investidores do sudeste asiático e norte-americanos. Hoje, o seu serviço - que custa cerca de 3 dólares por mês - já está disponível em 19 países graças à expansão para o Médio Oriente e África. De acordo com a Bloomberg, o negócio aumentou cerca de 220 milhões de dólares só este ano.
"A iflix tem um potencial de crescimento grande entre a classe média dos mercados emergentes que querem mais acesso a conteúdo premium regional, local e ocidental ", afirmou Neeraj Khemlani, Presidente da Hearst, citado pela Bloomberg, justificando a recente aposta na empresa.
Segundo os últimos dados revelados pela iflix, a empresa tinha cinco milhões de utilizadores em Março, numa altura em que a empresa revelava que a sua receita aumentou 230% de um ano para o outro.
Numa entrevista recente ao TechCrunch, o CEO da iflix, Markl Britt, tentou refutar as inevitáveis comparações com o Netflix, insistindo que os serviços têm diferentes público-alvos: "Nós de facto não vemos a Netflix como concorrente, nós fornecemos um novo serviço para os mercados de massa", enquanto a Netflix tem como público alvo "uma elite global, com dispositivos high-tech como o iPhone, e utilizadores de cartões de crédito", explica.
Já a iflix tem como "target" pessoas com "dispositivos de baixo custo e acesso à internet de menor qualidade, mas um desejo de consumir sempre em dispositivos móveis". "Se a Netflix é o iPhone da transmissão de conteúdos, nos queremos ser o Android", acrescentou o CEO. A iflix aposta sobretudo nos conteúdos que podem ser descarregados, e vistos off-line.
A iflix está a estudar a possibilidade de entrar em novas regiões, como a América Latina.
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