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Disney deixa Netflix e lança-se no “streaming”

Uma das maiores casas de entretenimento do mundo quer lançar-se em força no “streaming” com uma plataforma própria. Arranca nos Estados Unidos e deve chegar a outros países. O acordo com o Netflix acaba no mesmo ano.

8 - Disney – Um conto de fadas com um dedo de Midas para o negócio. A marca do império do entretenimento está avaliada em 34,6 mil milhões de euros.
REUTERS
09 de Agosto de 2017 às 11:30
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A Disney prepara-se para lançar os seus próprios serviços de transmissão de conteúdos em "streaming" nos Estados Unidos da América. Como parte dessa decisão, será abandonada a parceria de distribuição com a Netflix em 2019.

A aposta no "streaming" será feita em duas fases. A primeira arranca em 2018, dedicada aos conteúdos desportivos, sob a marca ESPN. A segunda, revelando a oferta porque a Disney é mais conhecida, chega no ano seguinte, com filmes e séries.


Não é uma estreia absoluta neste campo uma vez que a Disney já tinha lançado um serviço de subscrição no Reino Unido em 2015, com filmes, músicas, livros e programas de televisão. A novidade é que a plataforma norte-americana poderá estender-se a outros países.


A intenção é levar as produções directamente aos consumidores, controlando o fluxo de distribuição de conteúdos e reforçando presença num mercado dominado pela Amazon e Netflix, que têm investido em programas originais e substituído a publicidade por um modelo de subscrições.


Fora deste novo negócio ficam a saga "A Guerra das Estrelas" e as produções com o carimbo da Marvel, cujos destinos estão ainda a ser negociados. Algumas das actuais séries da Netflix – cuja primeira compra foi uma empresa de banda desenhada – são adaptações de histórias da Marvel, como "Jessica Jones", "Iron Fist" ou "Daredevil".


Para o líder da Disney, Robert Iger, a aposta no "streaming" "marca o início do que será uma estratégia de crescimento totalmente nova para a companhia", numa altura em que assiste à quebra de assinaturas de televisão e é desafiada pelos vídeos online.


O anúncio foi feito esta terça-feira, 8 de Agosto, no mesmo dia em que a empresa de entretenimento apresentou uma quebra homóloga de 9% nos lucros trimestrais até Junho, para os 2,37 mil milhões de dólares (cerca de dois mil milhões de euros).


Como parte desta estratégia, a Disney vai reforçar a sua participação na empresa de transmissão de vídeo BAMTech, dos 33 para os 75%, aplicando 1,58 mil milhões de dólares. É ainda esperado um reforço na produção de filmes e séries, para uma maior oferta de conteúdo original. Aqui incluem-se as sequelas já agendadas de "Frozen", "Toy Story" ou ainda a nova versão de "O Rei Leão".

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