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Fisco "complica" situação do Económico

O Fisco avançou para a penhora das receitas do Económico, um decisão que "complicou" a situação do jornal. Raul Vaz, director do Económico, afirma estar "empenhado e envolvido na construção de uma solução".

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16 de Dezembro de 2015 às 17:21
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Uma penhora do fisco às receitas geradas pelo Económico agravou a situação do jornal e da televisão, a ETV. Esta mensagem foi transmitida esta quarta-feira pelo director do Económico aos trabalhadores do grupo noticiou o Expresso.

Raul Vaz, contactado pelo Negócios, confirma que a intervenção do fisco "veio complicar a situação". Apesar disso, o director do Económico afirma estar "empenhado e envolvido na construção de uma solução que passa pela venda da empresa" e que garanta a viabilidade do jornal e da televisão. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para que uma operação de venda" do jornal "se concretize o mais brevemente possível".


Questionado sobre se existe um prazo para a concretização do negócio e se o mesmo implicará despedimentos no jornal, Raul Vaz aponta o mês de Janeiro de 2016 como uma possibilidade e adianta que o novo ciclo, a concretizar-se, "exige um plano de reestruturação". "O 'timing' que uma situação desta natureza exige é curto", acrescentou.


A Ongoing mandatou o banco de investimento Haitong (ex-BESI) para encontrar compradores para o Económico e a ETV. Um dos nomes que sido apontado como possível é o empresário angolano Domingos Vunge, da Media Rumo, que publica a revista Rumo 
(à venda em Angola e em Portugal) e o jornal de economia semanal Mercado, actualmente à venda em banca em Angola e Portugal.

 

Raul Vaz não comenta quaisquer eventuais compradores, mas defende que o Económico "tem todas as condições para entrar num novo ciclo". O Económico e a ETV empregam cerca de 100 pessoas.

De acordo com o Expresso já terá ficado acordado que a Ongoing, de Nuno Vasconcellos (na foto), ficará com o passivo de 30 milhões de euros do Económico e da ETV, mas subsistem dúvidas sobre como estes dois meios passarão para os novos donos. "Em causa está o facto de a empresa que explora o Económico e a ETV - a ST & SF - ter um défice de tesouraria de mais de 200 mil euros por mês, um valor que Vunge pretenderá ver reduzido através de uma reestruturação prévia à compra da empresa", escreve o Expresso.

Nos últimos meses a ST & SF tem-se atrasado no pagamento dos fornecedores e dos salários aos trabalhadores.

(Nota: Notícia corrigida às 22:58, com rectificação relativa à revista Rumo e ao jornal Mercado.)

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