Notícia
Cofina "continua disponível" para fazer parte de uma solução de viabilidade da Media Capital
Na terça-feira, o empresário Mário Ferreira, que detém 30,22% da Media Capital através da Pluris Investments, foi eleito presidente do Conselho de Administração da dona da TVI, na assembleia-geral que reuniu os novos acionistas da empresa.
25 de Novembro de 2020 às 07:38
A Cofina afirma que, "enquanto oferente na oferta pública de aquisição (OPA) em curso, continua disponível para fazer parte de uma solução de viabilidade e crescimento da Media Capital", disse à Lusa fonte oficial.
Em 12 de agosto, a Cofina lançou uma OPA sobre 100% do capital da dona da TVI, alterando a oferta de 21 de setembro, sendo o valor de referência proposto de 0,415 euros por ação, a que corresponde um montante total de 35 milhões de euros e considera um 'entreprise value' de cerca de 130 milhões de euros.
Na terça-feira, o empresário Mário Ferreira, que detém 30,22% da Media Capital através da Pluris Investments, foi eleito presidente do Conselho de Administração da dona da TVI, na assembleia-geral que reuniu os novos acionistas da empresa.
Na véspera, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) divulgou uma deliberação em que afirma ter "fundadas dúvidas sobre a identidade" dos acionistas da Media Capital, avisando que qualquer decisão tomada na assembleia-geral que possa envolver alteração de domínio poderia não ser reconhecida.
"A Cofina, enquanto oferente na oferta pública de aquisição em curso, continua disponível para fazer parte de uma solução de viabilidade e crescimento para o grupo Media Capital, no respeito pela lei e pelo Estado de Direito democrático", afirmou fonte oficial.
"A fragilidade da situação atual do grupo Media Capital e os fatores que para ela contribuem encontram-se aprofundadamente descritos na decisão da CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] e na deliberação da ERC, a quem caberá, eventualmente em conjunto com outros reguladores, e com os tribunais, valorar e extrair as devidas consequências das condutas em causa", acrescentou a dona do Correio da Manhã.
A CMVM considerou que houve exercício de concertação entre a Pluris Investments (de Mário Ferreira) e a Prisa (Vertix) na Media Capital, determinando que o empresário Mário Ferreira lance no prazo máximo de cinco dias, que termina hoje, uma OPA obrigatória sobre 69,78% do capital da dona da TVI.
Em conferência de imprensa, na terça-feira, a primeira enquanto presidente do Conselho de Administração da Media Capital, Mário Ferreira remeteu para hoje uma resposta à CMVM, salientando que o que houve foi "um alinhamento de ideias" e não uma concertação.
Relativamente à ERC, Mário Ferreira disse que a deliberação da entidade reguladora "é muito grave" e pode "pôr em causa a sobrevivência da TVI", referindo que "não haverá plano B".
Mário Ferreira acusou ainda a Cofina de"ameaças" e difamação a acionistas da Media Capital.
Em 14 de maio, praticamente dois meses depois de a Cofina ter desistido da compra da Media Capital, Mário Ferreira tornou-se acionista da dona da TVI.
Em março, quando o mercado dava praticamente como certa a compra da Media Capital pela dona do Correio da Manhã, o anúncio da desistência -- em 11 de março e em vésperas de estado de emergência -- apanhou a maioria de surpresa, incluindo Mário Ferreira, que tinha sido desafiado pelo presidente da Cofina, Paulo Fernandes, a envolver-se no negócio.
A operação de aumento de capital da Cofina, de 85 milhões de euros, tinha ficado aquém do objetivo por cerca de três milhões de euros. Perante esta desistência, a espanhola Prisa, na altura dona da Media Capital, contactou Mário Ferreira em busca de uma parceria, o que veio a concretizar-se em maio.
Entretanto, em 12 de agosto, a Cofina anuncia o lançamento de uma OPA sobre a totalidade do capital da Media Capital, alterando a oferta de 21 de setembro, sendo o valor de referência proposto de 0,415 euros por ação, a que corresponde um montante total de 35 milhões de euros e considera um 'entreprise value' de cerca de 130 milhões de euros.
Já em 15 de outubro, a ERC deliberou "instaurar um processo de contraordenação contra a Vertix/Prisa e Pluris/Mário Ferreira pela existência de fortes indícios de ocorrência de uma alteração não autorizada de domínio nos operadores que compõem o universo da Media Capital", o que envolve a nulidade do negócio, no âmbito da análise sobre a alteração da estrutura acionista da dona da TVI.
No início de novembro a Prisa concluiu o processo de venda da totalidade dos 64,47% que detinha na Media Capital, através da Vertix, dando lugar a novos acionistas, os quais a ERC tem "fundadas dúvidas sobre a identidade" e deu 10 dias "para apresentarem provas ou tomarem medidas com vista a assegurar a transparência da titularidade das participações qualificadas", de acordo com a deliberação.
No âmbito do processo de contraordenação em curso na ERC relativo à compra, pela Pluris Investments de uma participação correspondente a 30,22% do capital social e dos direitos de voto do grupo Media capital, anteriormente detida pela Vertix SGPS, sociedade Promotora de Informaciones [Prisa], subsistem fundadas suspeitas que aquele possa concluir pela ineficácia (seja por nulidade ou por anulabilidade) do(s) contrato (s) em causa)", refere a ERC.
A Media Capital, de acordo com dados de 03 de novembro, tem como acionistas, além da Pluris Investments (30,22%), Triun (23%), Biz Partners (11,97%), CIN (11,20%), Zenithodyssey (10%), Fitas & Essências (3%), DoCasal Investimentos (2,5%) e o NCG Banco (5,05%).
Em 12 de agosto, a Cofina lançou uma OPA sobre 100% do capital da dona da TVI, alterando a oferta de 21 de setembro, sendo o valor de referência proposto de 0,415 euros por ação, a que corresponde um montante total de 35 milhões de euros e considera um 'entreprise value' de cerca de 130 milhões de euros.
Na véspera, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) divulgou uma deliberação em que afirma ter "fundadas dúvidas sobre a identidade" dos acionistas da Media Capital, avisando que qualquer decisão tomada na assembleia-geral que possa envolver alteração de domínio poderia não ser reconhecida.
"A Cofina, enquanto oferente na oferta pública de aquisição em curso, continua disponível para fazer parte de uma solução de viabilidade e crescimento para o grupo Media Capital, no respeito pela lei e pelo Estado de Direito democrático", afirmou fonte oficial.
"A fragilidade da situação atual do grupo Media Capital e os fatores que para ela contribuem encontram-se aprofundadamente descritos na decisão da CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] e na deliberação da ERC, a quem caberá, eventualmente em conjunto com outros reguladores, e com os tribunais, valorar e extrair as devidas consequências das condutas em causa", acrescentou a dona do Correio da Manhã.
A CMVM considerou que houve exercício de concertação entre a Pluris Investments (de Mário Ferreira) e a Prisa (Vertix) na Media Capital, determinando que o empresário Mário Ferreira lance no prazo máximo de cinco dias, que termina hoje, uma OPA obrigatória sobre 69,78% do capital da dona da TVI.
Em conferência de imprensa, na terça-feira, a primeira enquanto presidente do Conselho de Administração da Media Capital, Mário Ferreira remeteu para hoje uma resposta à CMVM, salientando que o que houve foi "um alinhamento de ideias" e não uma concertação.
Relativamente à ERC, Mário Ferreira disse que a deliberação da entidade reguladora "é muito grave" e pode "pôr em causa a sobrevivência da TVI", referindo que "não haverá plano B".
Mário Ferreira acusou ainda a Cofina de"ameaças" e difamação a acionistas da Media Capital.
Em 14 de maio, praticamente dois meses depois de a Cofina ter desistido da compra da Media Capital, Mário Ferreira tornou-se acionista da dona da TVI.
Em março, quando o mercado dava praticamente como certa a compra da Media Capital pela dona do Correio da Manhã, o anúncio da desistência -- em 11 de março e em vésperas de estado de emergência -- apanhou a maioria de surpresa, incluindo Mário Ferreira, que tinha sido desafiado pelo presidente da Cofina, Paulo Fernandes, a envolver-se no negócio.
A operação de aumento de capital da Cofina, de 85 milhões de euros, tinha ficado aquém do objetivo por cerca de três milhões de euros. Perante esta desistência, a espanhola Prisa, na altura dona da Media Capital, contactou Mário Ferreira em busca de uma parceria, o que veio a concretizar-se em maio.
Entretanto, em 12 de agosto, a Cofina anuncia o lançamento de uma OPA sobre a totalidade do capital da Media Capital, alterando a oferta de 21 de setembro, sendo o valor de referência proposto de 0,415 euros por ação, a que corresponde um montante total de 35 milhões de euros e considera um 'entreprise value' de cerca de 130 milhões de euros.
Já em 15 de outubro, a ERC deliberou "instaurar um processo de contraordenação contra a Vertix/Prisa e Pluris/Mário Ferreira pela existência de fortes indícios de ocorrência de uma alteração não autorizada de domínio nos operadores que compõem o universo da Media Capital", o que envolve a nulidade do negócio, no âmbito da análise sobre a alteração da estrutura acionista da dona da TVI.
No início de novembro a Prisa concluiu o processo de venda da totalidade dos 64,47% que detinha na Media Capital, através da Vertix, dando lugar a novos acionistas, os quais a ERC tem "fundadas dúvidas sobre a identidade" e deu 10 dias "para apresentarem provas ou tomarem medidas com vista a assegurar a transparência da titularidade das participações qualificadas", de acordo com a deliberação.
No âmbito do processo de contraordenação em curso na ERC relativo à compra, pela Pluris Investments de uma participação correspondente a 30,22% do capital social e dos direitos de voto do grupo Media capital, anteriormente detida pela Vertix SGPS, sociedade Promotora de Informaciones [Prisa], subsistem fundadas suspeitas que aquele possa concluir pela ineficácia (seja por nulidade ou por anulabilidade) do(s) contrato (s) em causa)", refere a ERC.
A Media Capital, de acordo com dados de 03 de novembro, tem como acionistas, além da Pluris Investments (30,22%), Triun (23%), Biz Partners (11,97%), CIN (11,20%), Zenithodyssey (10%), Fitas & Essências (3%), DoCasal Investimentos (2,5%) e o NCG Banco (5,05%).