Notícia
Sonae Indústria avança com lay-off parcial na fábrica da Maia
A redução da atividade da unidade maiata, implementada esta semana, passa por uma redução do horário laboral dos seus aproximadamente 100 trabalhadores.
Afinal, a Sonae Indústria também recorreu ao lay-off em Portugal.
Depois de a Sonae Arauco, que é detida em 50% pelo grupo português, ter colocado neste regime "a grande maioria" dos 800 trabalhadores que emprega nas quatro fábricas que opera no nosso país, a Sonae Indústria avançou agora com o lay-off parcial na sua unidade maiata.
"Na Maia, foi implementada a redução da atividade (lay-off parcial) durante o mês de maio", revela a Sonae Indústria no comunicado sobre as contas do grupo no primeiro trimestre, enviado esta quarta-feira, 6 de maio, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O lay-off parcial em causa, implementado esta semana, passa por uma redução do horário laboral dos aproximadamente 100 trabalhadores desta fábrica de laminados, sabe o Negócios.
Já a sua fábrica de componentes para a indústria do mobiliário, situada em Paredes, "operou durante o mês de março e parte do mês de abril, até um caso confirmado de covid-19 ter levado a uma paragem temporária da unidade industrial durante duas semanas", revela o grupo presidido por Paulo Azevedo.
Além destas duas unidades, a Sonae Indústria detém uma grande fábrica no Canadá e outra em Horn, na Alemanha, que depois de ter operado "durante os meses de março e abril", tal como a da Maia, "operará também a um nível mais reduzido em maio".
A do Canadá, que obedeceu ao "encerramento parcial desde os últimos dias de março devido a restrições de ‘lockdown’ [paragem de atividade] impostos pelo governo" local, tem "estado a operar a maior das suas linhas de aglomerado de partículas e duas ou três das suas linhas de revestimento de painéis revestidos a melamina", lê-se no mesmo comunicado da empresa.
No total, a Sonae Indústria emprega nas suas quatro unidades mais de 500 pessoas.
Por sua vez, a Sonae Arauco, que detém uma dúzia de fábricas em quatro países, das quais cinco na Alemanha, duas em Espanha, uma na África do Sul e quatro em Portugal, tem muitas delas em "lockdown" no contexto do combate mundial à pandemia da covid-19.
No nosso país, a companhia "ativou os mecanismos excecionais criados pelo Governo para mitigar situações de crise empresarial decorrentes da pandemia de covid-19, com o objetivo de manter os postos de trabalho".
Em síntese, "a empresa tem a atividade parcialmente suspensa em Portugal" e "a grande maioria dos seus 800 colaboradores em lay-off", confirmou ao Negócios fonte oficial da Sonae Arauco, adiantando que "as medidas entraram em vigor durante o mês de abril".
As fábricas da Sonae Arauco em Portugal estão situadas em Mangualde, Oliveira do Hospital, Castelo de Paiva e Sines.
A Sonae Indústria inverteu os lucros de 1,2 milhões de euros de há um ano para prejuízos de 1,2 milhões nos primeiros três meses de 2020, com a facturação a sofrer uma redução homóloga de 2,5 milhões para 54,3 milhões de euros.
Considerando os 50% com a Arauco, o volume de negócios atingiu os 146 milhões de euros, menos 12,9 milhões do que no primeiro trimestre do ano passado.