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Sonae Indústria avança com lay-off parcial na fábrica da Maia

A redução da atividade da unidade maiata, implementada esta semana, passa por uma redução do horário laboral dos seus aproximadamente 100 trabalhadores.

Paulo Azevedo, presidente da Sonae Indústria.
06 de Maio de 2020 às 23:03
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Afinal, a Sonae Indústria também recorreu ao lay-off em Portugal.

 

Depois de a Sonae Arauco, que é detida em 50% pelo grupo português, ter colocado neste regime "a grande maioria" dos 800 trabalhadores que emprega nas quatro fábricas que opera no nosso país, a Sonae Indústria avançou agora com o lay-off parcial na sua unidade maiata.

 

"Na Maia, foi implementada a redução da atividade (lay-off parcial) durante o mês de maio", revela a Sonae Indústria no comunicado sobre as contas do grupo no primeiro trimestre, enviado esta quarta-feira, 6 de maio, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

O lay-off parcial em causa, implementado esta semana, passa por uma redução do horário laboral dos aproximadamente 100 trabalhadores desta fábrica de laminados, sabe o Negócios.

 

Já a sua fábrica de componentes para a indústria do mobiliário, situada em Paredes, "operou durante o mês de março e parte do mês de abril, até um caso confirmado de covid-19 ter levado a uma paragem temporária da unidade industrial durante duas semanas", revela o grupo presidido por Paulo Azevedo.

 

Além destas duas unidades, a Sonae Indústria detém uma grande fábrica no Canadá e outra em Horn, na Alemanha, que depois de ter operado "durante os meses de março e abril", tal como a da Maia, "operará também a um nível mais reduzido em maio".

 

A do Canadá, que obedeceu ao "encerramento parcial desde os últimos dias de março devido a restrições de ‘lockdown’ [paragem de atividade] impostos pelo governo" local, tem "estado a operar a maior das suas linhas de aglomerado de partículas e duas ou três das suas linhas de revestimento de painéis revestidos a melamina", lê-se no mesmo comunicado da empresa.

 

No total, a Sonae Indústria emprega nas suas quatro unidades mais de 500 pessoas.

 

Por sua vez, a Sonae Arauco, que detém uma dúzia de fábricas em quatro países, das quais cinco na Alemanha, duas em Espanha, uma na África do Sul e quatro em Portugal, tem muitas delas em "lockdown" no contexto do combate mundial à pandemia da covid-19.

 

No nosso país, a companhia "ativou os mecanismos excecionais criados pelo Governo para mitigar situações de crise empresarial decorrentes da pandemia de covid-19, com o objetivo de manter os postos de trabalho".

 

Em síntese, "a empresa tem a atividade parcialmente suspensa em Portugal" e "a grande maioria dos seus 800 colaboradores em lay-off", confirmou ao Negócios fonte oficial da Sonae Arauco, adiantando que "as medidas entraram em vigor durante o mês de abril".

 

As fábricas da Sonae Arauco em Portugal estão situadas em Mangualde, Oliveira do Hospital, Castelo de Paiva e Sines.

 

A Sonae Indústria inverteu os lucros de 1,2 milhões de euros de há um ano para prejuízos de 1,2 milhões nos primeiros três meses de 2020, com a facturação a sofrer uma redução homóloga de 2,5 milhões para 54,3 milhões de euros.

 

Considerando os 50% com a Arauco, o volume de negócios atingiu os 146 milhões de euros, menos 12,9 milhões do que no primeiro trimestre do ano passado.

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