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Relojoaria suíça abre fábrica de braceletes e cria 100 empregos em Santa Maria da Feira
A multinacional helvética Multicuirs deverá começar em Abril a fabricar braceletes de luxo em Santa Maria da Feira, numa unidade fabril onde investiu três milhões de euros e que vai empregar, para já, 70 pessoas, prevendo chegar à centena ainda este ano.
"A ligação da água foi feita hoje, a da electricidade irá ser efectuada ainda esta semana", garantiu ao Negócios o presidente da Câmara de Santa Maria de Feira, que visitou esta quarta-feira, 28 de Março, a fábrica que a relojoaria suíça Multicuirs está construir na capital mundial da produção e transformação de cortiça.
"Num investimento da ordem dos três milhões de euros, a fábrica deverá começar a laborar na terceira semana de Abril", adiantou Emídio Sousa.
O autarca afiançou que a empresa "vai arrancar, nesta primeira fase, com 70 trabalhadores", seguindo-se "uma segunda fase de recrutamento, pelo que deverá até ultrapassar os 100 ainda este ano".
Situada no parque empresarial Lusopark, a norte do Europarque, a fábrica está instalada num terreno de 16 mil metros quadrados, com uma área de construção de apenas três mil, o que indicia planos de expansão industrial da Multicuirs.
"Sim, estão previstas mais fases de expansão", confirmou o presidente da autarquia. "Mas os suíços ainda não ‘abriram muito o jogo’", ressalvou, acabando por admitir que "a Multicuirs pretende trazer para aqui a produção de caixas de luxo para os relógios e uma ou outra área associadas à alta relojoaria, que o grupo ainda não quis divulgar".
A multinacional Multicuirs produz alta relojoaria para marcas como a Cartier.
Entretanto, depois de, há dois meses, ter participado numa conferência de investidores na Suíça, Emídio Sousa vai ser o anfitrião de uma "operação de charme junto de uma série de representantes de empresas suíços ligadas às jóias e alta relojoaria", que estarão de visita à Feira "em Junho ou Julho".
No final de Janeiro, aquando da missão a Genebra, o autarca da Feira tinha classificado "as jornadas" da conferência em que participou como "extremamente favoráveis", onde teve "três ou quatro empresas a demonstrar muito interesse em conhecerem as oportunidades de investimento, e eventuais parcerias com empresas portuguesas".