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Psicólogo vai liderar centro de formação do têxtil e vestuário
José Manuel Castro sucede a Sónia Pinto na direção executiva do Modatex, que tem sede no Porto, delegações em Lisboa e Covilhã, polos em Barcelos e Vila das Aves; e extensões em Lousada, Marco de Canaveses e Pinhel.
O Modatex vai ser liderado nos próximos três anos por José Manuel Castro, portuense de 60 anos, que era até agora presidente do conselho de administração deste centro de formação profissional da indústria têxtil e do vestuário.
Licenciado em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), onde é professor auxiliar convidado, o novo diretor executivo tem uma carreira ligada à área da formação profissional, incluindo funções de direção e assessor no IEFP.
Criado no âmbito de um protocolo entre este instituto público e três associações empresariais que abrangem os setores do têxtil, vestuário, confeções e lanifícios (ATP, ANIVEC/APIV e ANIL), o Modatex tem sede no Porto e delegações em Lisboa e Covilhã, polos em Barcelos e Vila das Aves; e ainda extensões em Lousada, Marco de Canaveses e Pinhel.
O sucessor de Sónia Pinto, que em maio de 2018 deixou as funções que desempenhava há sete anos invocado "razões de ordem pessoal", chega ao cargo num período de "incerteza acerca dos cenários sobre o futuro do trabalho e as suas interações com os processos de formação profissional", prometendo "investir no desenvolvimento de modalidades de aprendizagem inovadoras, no seu confronto com a aceleração da evolução tecnológica das empresas e dos processos produtivos".
A indústria têxtil e de vestuário emprega perto de 137 mil pessoas. Em 2017 registou o oitavo ano consecutivo de crescimento das exportações, com vendas ao estrangeiro superiores a 5.200 milhões de euros para cerca de 180 países, superando o anterior máximo de 2001. Até novembro de 2018, o comércio externo estava a subir 1,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, num montante acumulado de 4.935 milhões de euros.
Esta alteração no Modatex surge numa altura em que, como o Negócios noticiou a 10 de janeiro, a redução das encomendas por parte da Inditex às fábricas portuguesas está a lançar nuvens de incerteza no Vale do Ave, o coração do setor têxtil. Esta situação já chegou ao Ministério da Economia e afeta sobretudo pequenas confeções que produzem em regime de subcontratação para o gigante espanhol que detém a Zara, Massimo Dutti, Pull&Bear ou Bershka.