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Têxtil de Esposende dá "brilho" aos coletes amarelos em Paris

A Lipaco está em França a apresentar um fio que aumenta a capacidade refletora dos "gilets jaunes". Até 14 de fevereiro, a feira Première Vision conta com uma delegação de meia centena de exportadoras portuguesas.

Anita Pouchard Serra/Bloomberg
13 de Fevereiro de 2019 às 16:12
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Uma empresa têxtil de Esposende está a vender um novo fio de vidro que promete aumentar a luz que é refletida pelos coletes amarelos. A apresentação do produto está a ser feita na feira Première Vision, em Paris, precisamente a cidade francesa onde nas últimas semanas têm ocorrido os mais fortes protestos antigovernamentais.

 

"Até agora, a capacidade refletora tem sido conseguida por estampagem. Com os nossos fios inovadores, feitos com vidro e não em partícula de vidro como acontecia até agora, essa capacidade pode ser adquirida logo na tricotagem", sublinhou Jorge Pereira, CEO da Lipaco, citado pelo jornal T, detalhando que este fio pode ser produzido em várias cores.

 

A exportadora de Esposende, que terá faturado 2,5 milhões de euros no ano passado e está a terminar um novo investimento de 1,5 milhões de euros para aumentar a capacidade produtiva – em 2014 tinha aplicado igual montante numa tinturaria de fios –, é uma das 50 empresas nacionais presentes nesta feira parisiense, que conta receber quase 60 mil visitantes durante os três dias de exposição.

Jorge Pereira iniciou a internacionalização da Lipaco em 2013.
Jorge Pereira iniciou a internacionalização da Lipaco em 2013.



Atuando nos segmentos dos tecidos, malhas, fios ou acessórios, a maior parte destas empresas presentes no Paris Nord Villepinte rumaram à capital francesa no âmbito da iniciativa "From Portugal", promovida pela principal associação do setor (ATP) e pela Selectiva Moda, o "braço" para a internacionalização liderado por Manuel Serrão. Para esta quinta-feira, 14 de fevereiro, último dia do evento, está agendada a visita do presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, e do secretário de Estado da Economia, João Correia Nunes.

 

Segundo informação oficial, esta delegação é composta pela A. Sampaio, Acatel, Adalberto Sampaio, Albano Morgado, Avelana, Bordados Oliveira, Envicorte, Familitex, Filasa, Gierlings Velpor, Idepa, J. Caetano & Filhas, JFA, Joaps, Lemar, LMA, Luís Azevedo, Lurdes Sampaio, NGS Malhas, Orfama, Otojal, Paulo de Oliveira, Penteadora, RDD, Riopele, R. Lobo, Siena, Sidónios, Soeiro, Somelos, SMB, Tessimax, Texser, Têxtil António Falcão, Tintex, TMG, Trimalhas, Triwool, Troficolor, Trifitrofa e Wat.

 

A indústria portuguesa do têxtil e do vestuário registou em 2018 o nono ano consecutivo de crescimento nas exportações, renovando o máximo de vendas ao exterior com 5.314 milhões de euros, que representa uma subida homóloga de 1,9%. A diversificação de mercados e o impulso das compras por parte dos italianos contrariaram o efeito negativo da quebra de encomendas da dona da Zara e também do Brexit.

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