Notícia
Produção industrial cai pela primeira vez em quatro meses
A produção industrial em Portugal registou, em Julho, uma queda homóloga de 2,3%, o que contrasta com as subidas acima dos 2% dos três meses anteriores, fruto de uma quebra acentuada dos bens intermédios como o papel, a madeira e o plástico.
A produção industrial em Portugal registou uma queda homóloga de 2,3% em Julho, divulgou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). O índice situou-se nos 85,2 pontos em Julho, indicando uma queda de 4,6 pontos percentuais face ao valor observado em Junho (88 pontos).
Nenhum dos agrupamentos teve um comportamento positivo face ao mês anterior, tendo todos registado uma queda homóloga por comparação com Junho. Apenas o agrupamento da energia teve um comportamento positivo para a variação do índice agregado (0,6%), o que resulta de uma subida homóloga de 3,5%, ainda assim muito inferior ao crescimento de 10,1% registados em Junho.
Os bens intermédios, como o papel, a madeira e o plástico, foram os que mais contribuíram para o desempenho negativo do índice agregado (-1,2 pontos percentuais), apresentando uma queda homóloga de 3%, o que indica uma redução de 5,5 pontos percentuais face ao mês anterior.
Ao nível das secções, as indústrias transformadoras, ou seja, as que usam bens produzidos pelas indústrias de base e fabricam outras mercadorias, foram determinantes para a variação negativa do índice total (2 pontos percentuais), após uma queda de 3,6 pontos percentuais face a Junho, para uma redução homóloga de 2,4%. Por outro lado, as indústrias extractivas tiveram uma variação positiva de 11,4%, longe dos 19,7% de Junho, originando um contributo de 0,2 pontos percentuais para o índice total.
A variação mensal do índice também foi negativa em 3,1%, o que indica uma queda pelo segundo mês consecutivo. Para esta variação destacaram-se os agrupamentos de bens intermédios e de energia, que apresentaram variações negativas de 1,9 e 1,8 pontos percentuais, respectivamente.
Ao nível das secções, a que apresentou contributo mais negativo foi a da electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, com uma variação negativa de 1,7 pontos percentuais no índice agregado, fruto de uma também variação negativa de 12,1% em Julho.