Notícia
Preços do champanhe disparam em 2021 para recordes históricos
Os preços do champanhe subiram 33,7% nos primeiros 11 meses deste ano, de acordo com o índice Champagne 50 da Liv-ex.
O champanhe está a borbulhar e a ter o melhor ano de que há registo.
Os preços do champanhe subiram 33,7% nos primeiros 11 meses deste ano, de acordo com o índice Champagne 50 da Liv-ex. Mais de metade dos ganhos foram conseguidos durante os meses de outubro e novembro.
"Tem sido notável", disse Justin Gibbs, que recordou, em entrevista ao Financial Times, "que por norma os preços do champanhe aumentam entre 8% a 10% ao ano, pelo que neste caso é um resultado histórico".
Entre as marcas mais procuradas este ano está a Salon 2002, cujo preço subiu 80% para 10 mil libras (11,87 mil euros à taxa de câmbio atual), por 12 garrafas, de acordo com a Liv-ex. O Cristal Rose de 2008 de Louis Roederer aumentou 60%, o Dom Pérignon 2008 subiu 46% e o Krug 2000 saltou 62%.
O mercado do champanhe espera vender 305 milhões de garrafas, até ao final de 2021, de acordo com as previsões da Organização Internacional de Viticultores de Champanhe.
A última vez que a região registou resultados semelhantes foi em 2017, com a venda de 307 milhões de garrafas.
"Acho que os consumidores estão prontos para celebrar até mesmo as pequenas coisas da vida", disse Natalie Pavlatos, porta-voz do Champagne Bureau, nos EUA, citada pelo Financial Times.
"Portanto, podemos estar a assistir não apenas ao regresso à normalidade, mas também um desempenho ainda melhor que o de 2019", disse Pavlatos.
Em 2019, as casas de champanhe enviaram 297,6 milhões de garrafas globalmente, com a maior parte das encomendas destinadas aos Estados Unidos e avaliadas em mais de 753 milhões de dólares.
Em 2020, a região sofreu uma queda de 18% em relação ao ano anterior, arrecadando 4,8 mil milhões de dólares e exportando 244 milhões de garrafas, de acordo com dados compilados pelo Comité Champagne, uma associação comercial que representa os produtores e casas de Champanhe.
O volume de negócios para o setor, que continua a ser a segunda maior indústria de exportação francesa, depois da aeronáutica, totalizou uma perda de aproximadamente 980 milhões de dólares.
Durante a pandemia, a associação comercial decidiu limitar os números da produção, uma decisão que poderá sair cara no futuro, tendo em conta a má colheita deste ano.