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Portugal assume no dia 24 presidência da Confederação Europeia de Indústrias de Calçado

Luís Onofre vai assumir a presidência da confederação europeia do calçado no próximo dia 24 de maio. A cerimónia vai decorrer no Palácio da Bolsa, no Porto.

11 de Maio de 2019 às 17:25
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O presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Luís Onofre, assume no dia 24 a liderança durante o próximo triénio da confederação europeia do setor, representativa de 21.000 empresas responsáveis por 278 mil empregos, foi anunciado este sábado, 11 de maio.

Segundo a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), a cerimónia de tomada de posse decorrerá no Palácio da Bolsa, no Porto.

O anúncio da nomeação de Luís Onofre para a presidência da Confederação Europeia de Indústrias de Calçado (CEC), sucedendo ao italiano Cleto Sacripanti, tinha já sido feito em 10 de fevereiro pelo ministro Adjunto e da Economia, à margem de uma visita às empresas portuguesas de calçado que participaram na feira internacional de calçado Micam, em Milão.

Na ocasião, Pedro Siza Vieira considerou tratar-se da demonstração do prestígio internacional de Portugal nesta indústria, salientando tratar-se de "uma distinção não apenas à pessoa e à sua capacidade de liderança, mas também um reflexo da importância que a confederação europeia atribui ao setor em Portugal".

Segundo o ministro, assumir a presidência da CEC, que tem sede em Bruxelas, permitirá ao país "contribuir para a afirmação da indústria europeia, mas particularmente para a elevação da imagem de Portugal".

"A forma como o mundo aprecia o percurso da indústria portuguesa de calçado é impressionante, é um caso de estudo e um exemplo internacional e no país", sustentou Siza Vieira.


Corroborando que assumir a presidência da CEC "é um prestígio" pessoal e para o setor, Luís Onofre afirmou na altura que pretende aproveitar o cargo "para ajudar a indústria portuguesa a ser cada vez mais reconhecida a nível internacional" e para avaliar com mais profundidade "algumas situações que se passam a nível da Europa".


Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no ano passado as exportações da indústria portuguesa de calçado aumentaram 1,54% (para 84,296 milhões de pares), mas recuaram 2,85% em valor (para 1.904 milhões de euros), interrompendo um ciclo virtuoso de oito anos consecutivos de crescimento.


Com mais de 1.500 empresas de calçado e 40.000 trabalhadores, o setor português de calçado tinha atingido em 2017 o máximo histórico das exportações, em torno dos 1.965 milhões de euros, equivalentes a mais de 83 milhões de pares de sapatos. O preço médio de exportação (26,54 dólares, praticamente o triplo do praticado a nível mundial) foi o segundo maior entre os principais produtores mundiais de calçado.


Segundo os dados do gabinete de estudos da APICCAPS, desde 2010 que se registavam aumentos sucessivos do valor exportado pela indústria portuguesa de calçado, onde foram desde então criadas 280 novas empresas e 7.092 novos empregos (10.227 se for considerado o emprego criado em toda a fileira).

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