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Associação empresarial diz que paralisações dos estivadores em Lisboa forçaram 30 despedimentos

A Associação-Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa (AETPL) diz que as paralisações selectivas e os pré-avisos de greve levaram já à não renovação de 30 contratos e impediram a contratação de 70 novos trabalhadores.

Negócios 10 de Janeiro de 2014 às 18:57
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“A estratégia do Sindicato dos Estivadores, de paralisações selectivas no porto de Lisboa e de apresentação de sucessivos pré-avisos de greve contra a entrada em vigor da nova Lei do Trabalho Portuário, está a prejudicar fortemente a actividade portuária na capital e forçou já a não renovação de contrato de trabalho a 30 estivadores da AETPL”, refere o comunicado da associação.

 

Com a sua acção de impedimento de efectiva aplicação da nova Lei – aprovada no início de 2013 no Parlamento – “a direcção do Sindicato dos Estivadores tem prejudicado também a contratação de mais 70 trabalhadores portuários, contratação prevista face ao número de horas extraordinárias registadas em 2013”, acrescenta o documento.

 

“Esta perda de emprego efectivo no Porto de Lisboa foi resultado directo do bloqueio laboral que tem sido promovido pelo Sindicato dos Estivadores de Lisboa desde Junho de 2013, em desrespeito absoluto pela Lei e pelas necessidades dos utilizadores do Porto de Lisboa”, acusa a AETPL.

 

As “greves e pré-avisos de greve insidiosos têm instabilizado a relação comercial entre operadores e armadores, causando um decréscimo significativo da actividade face ao que seria previsível tendo em conta o crescimento económico nas áreas de exportação e de importação”.

 

Com estes “procedimentos de afronta à Lei da República e de total desprezo pelas necessidades económicas do País, um único sindicato com duas centenas de filiados tem conseguido destruir uma cultura de trabalho e de compromisso com os interesses dos agentes económicos, que é suposto serem servidos pela comunidade portuária de Lisboa”, critica a associação no seu comunicado, sublinhando que o porto de Lisboa é hoje “a única e inexplicável situação de não-aceitação de uma Lei Nacional, que está a ser aplicada com bons resultados para todos os agentes nos outros portos de Portugal, mas que o Sindicato dos Estivadores em Lisboa considera poder recusar por motivos meramente político-partidários”.

 

“Os diversos intervenientes no porto de Lisboa consideram inaceitável este procedimento sindical e manifestam o seu veemente repúdio pela acção impeditiva da aplicação da Lei, lamentando que, num País com tão graves problemas de emprego, seja boicotada por um sindicato a criação de mais de uma centena de postos de trabalho”, conclui o documento.

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