Notícia
Paços de Ferreira "perde" Capital do Móvel para o Porto
Pela primeira vez, a principal feira de mobiliário e decoração do país vai deixar o concelho de origem, rumando à Alfândega de 3 a 11 de agosto para chegar a compradores de outras regiões e também do estrangeiro.
A Capital do Móvel vai rumar ao Porto de 3 a 11 de agosto, depois de a Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF) ter decidido retirar o evento do concelho, pela primeira vez, com o objetivo de chegar a um "público diferenciado".
A 53.ª edição vai decorrer no centro de congressos da Alfândega, num espaço com seis mil metros quadrados onde dezenas de expositores vão promover as suas criações junto de visitantes de outros distritos do país e também do estrangeiro, aproveitando o fluxo turístico na Invicta nesta altura do ano.
"Vivemos um momento positivo de expansão e sentimos que precisamos de novos voos e de alcançar novos públicos. Com a realização (…) na cidade do Porto vamos criar uma ponte de acesso para que muito mais pessoas conheçam a qualidade do principal produto da região, considerado um dos melhores do mundo", explicou, citado numa nota de imprensa, Rui Carneiro, o presidente da AEPF, que em 2017 acordou a renegociação da dívida com a Caixa Geral de Depósitos,
A deslocalização de uma das edições da feira de mobiliário e decoração já tinha sido proposta em janeiro de 2018, na altura para a lisboeta FIL, mas a ideia acabou por ser chumbada pelos associados, que decidiram na altura manter a exibição no parque de exposições local, onde costumam marcar presença entre 75 a 100 expositores e perto de 20 mil pessoas durante uma semana.
Segundo os dados divulgados pela associação do setor (APIMA), as exportações portuguesas de mobiliário estabilizaram e as de colchoaria aumentaram 5% no primeiro trimestre do ano, face ao período homólogo, totalizando 460 milhões de euros. França, Espanha e Alemanha continuam a ser os principais destinos para o mobiliário nacional.