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Capital do Móvel vai "laurear a pevide" pelo Porto em agosto
A organização da principal feira de mobiliário e decoração do país está a usar expressões típicas portuenses para comunicar a nova localização do evento, que à 52ª edição sai pela primeira vez de Paços de Ferreira.
"Venha laurear a pevide à Alfândega do Porto". "Andor Bioleta para a Capital do Móbel!". "Fazer sala nunca custou tão pouco". Estas são algumas das expressões populares na cidade do Porto que estão a ser usadas pela Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF) na campanha de promoção da próxima edição da Capital do Móvel.
Como o Negócios noticiou a 31 de maio, a organização decidiu experimentar a deslocalização do evento com o objetivo de chegar a um "público diferenciado". De 3 a 11 de agosto, dezenas de empresas de mobiliário e decoração vão expor no centro de congressos da Alfândega, num espaço com seis mil metros quadrados.
"Inspirados pelo espírito dos portuenses, o sotaque peculiar e as expressões típicas desta cidade", a Bazooka criou "uma campanha totalmente à moda do Porto que incentiva todos os portugueses a visitar a feira". A agência liderada pelo brasileiro Flávio Gart aposta ainda em conteúdos para as redes sociais em que tenta "reposicionar a marca e quebrar preconceitos" face ao mobiliário exposto, que é "para todos os gostos e carteiras".
A empresa especializada em marketing de guerrilha, que no último Natal "desalojou" o presépio e criou um alojamento no Airbnb, já tinha trabalhado em anos anteriores com a associação empresarial presidida por Rui Carneiro, que em 2017 acordou a renegociação da dívida com a Caixa Geral de Depósitos. A campanha "Móveis a Sério", em que provocava a sueca IKEA, foi uma das mais virais e que gerou maior retorno mediático.
Com entrada livre, a feira vai estar aberta de domingo a quinta-feira, das 10h às 20h, e às sextas e sábados com horário prolongado até às 22h. O líder da AEPF, justificando a mudança de local que já tinha sido proposta (e chumbada pelos associados) em janeiro de 2018, na altura para a lisboeta FIL, frisou que pretende "criar uma ponte de acesso para que muito mais pessoas conheçam a qualidade do principal produto da região, considerado um dos melhores do mundo".