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Mondelez desiste de oferta sobre a Hershey
Depois da recusa da Hershey em Junho, por ter sido superado o preço por acção oferecido pela empresa, esta segunda-feira a Mondélez abandonou definitivamente a intenção de compra que criaria o maior grupo de confeitaria do mundo.
A empresa alimentar Mondelez abandonou a oferta que tinha lançado sobre a produtora de chocolates Hershey por "ausência de um caminho que possa conduzir a um acordo" entre as duas empresas.
O anúncio da desistência foi feito esta segunda-feira, 29 de Agosto, segue-se à recusa da proposta de fusão manifestada em Junho pela administração da Hershey, colocando de parte a criação do maior fabricante mundial de doces.
Agora, ficam definitivamente rasgados os planos para comprar a concorrente por um valor que poderia ter chegado a 23 mil milhões de dólares (20,55 mil milhões de euros à cotação actual), metade em troca de acções, a outra metade com pagamento em dinheiro.
"(…) tendo em conta recentes desenvolvimentos entre os accionistas da Hershey, concluímos que não há um caminho que possa conduzir a um acordo," afirmou a CEO da empresa, Irene Rosenfeld, em comunicado publicado no site da companhia. Na mesma nota, Rosenfeld diz-se "desiludida" pelo desfecho.
A 30 de Junho, os ganhos nas acções da Hershey levaram os títulos para um preço superior ao que a Mondeléz oferecia - 107 dólares por título -, o que levou a empresa a recusar a proposta de compra.
"A direcção da empresa rejeitou, de forma unânime, a demonstração de interesse e determinou que não fornecia mais nenhuma base para uma discussão mais aprofundada entre a Mondeléz e a companhia", informou na altura a Hershey em comunicado.
A Mondeléz International deteve, até Março de 2016, a fábrica de onde saíam as bolachas Triunfo e Pro-alimentar (que já tinham sido da Kraft Foods, da United Biscuits e da Nutrinveste de Jorge de Mello, após OPA), em Mem Martins. Nessa data, e depois de passar a produção de Mem Martins para a República Checa e despedir 100 trabalhadores, a Mondeléz alienou a unidade industrial portuguesa à espanhola Cerealto, que a mantém em operação.