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Dona das bolachas Oreo quer chocolates Hershey’s
A Mondeléz International, antiga dona das marcas portuguesas Triunfo e Proalimentar, fez uma oferta de compra pela companhia Hershey. A acontecer, a fusão cria um novo líder mundial.
A companhia Mondeléz International, antiga unidade da Kraft Foods, quer aumentar de tamanho. O grupo, que detém centenas de marcas multinacionais como as bolachas Oreo e os chocolates Cadbury’s, apresentou uma proposta para a aquisição da gigante norte-americana Hershey, confirmou fonte não identificada à Reuters, depois do Wall Street Journal ter avançado a notícia.
A dona dos chocolates Hershey’s recebeu a oferta preliminar esta semana, adianta a agência, e ainda não respondeu, nem à Mondeléz, nem à Reuters quando contactada para comentar. A cadeia de televisão norte-americana CNBC avançou que o valor da oferta ascende a 107 dólares por acção (ou 96,5 euros ao câmbio actual).
O grupo Hershey é controlado a 80% por um fundo homónimo, em homenagem ao fundador da empresa Milton Hershey. As notícias da oferta fizeram o título atingir uma valorização máxima de 21,26% após a abertura da sessão em Nova Iorque esta quinta-feira, seguindo esta tarde nos 112,06 dólares (mais 15,26%). Já a Mondeléz avançou o máximo de 3,3%, seguindo esta tarde nos 2,27%, para 43,92 dólares.
Segundo avançou a agência noticiosa inglesa, a união entre a Mondeléz – ela própria resultante de várias aquisições da Kraft nos últimos 10 anos – e da companhia de chocolates e doçaria Hershey tornaria o grupo que vier a resultar da união no líder mundial na área da confeitaria industrial. As duas, isoladamente, já constam na lista de cinco maiores do mundo.
Até agora, a companhia norte-americana Mars – dona dos chocolates homónimos - lidera o mercado mundial, com 13,3% de quota, avança a Reuters citando a consultora especializada Euromonitor International.
A Mondeléz International deteve, até Março de 2016, a fábrica de onde saíam as bolachas Triunfo e Pro-alimentar (que já tinham sido da Kraft Foods, da United Biscuits e da Nutrinveste de Jorge de Mello, após OPA), em Mem Martins. Nessa data, e depois de passar a produção de Mem Martins para a República Checa e despedir 100 trabalhadores, a Mondeléz alienou a unidade industrial portuguesa à espanhola Cerealto, que a mantém em operação.