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Lucros da Martifer caem para 400 mil euros no primeiro semestre

A Martifer fechou os primeiros seis meses do actual exercício com um resultado líquido de apenas 400 mil euros, contra 5,3 milhões de euros no mesmo período do ano passado, enquanto os proveitos operacionais aumentaram 7,6 milhões para 104,1 milhões de euros.

O conselho de administração da Martifer tem mandatos de três anos. Terminou no final de 2017. Carlos Martins é o presidente da empresa e o irmão Jorge é vice-presidente. Além dos irmãos, é administrador executivo Pedro Moreira.
Carlos Martins, chairman da Martifer. Sérgio Azenha
Rui Neves ruineves@negocios.pt 30 de Agosto de 2018 às 19:27

Um ano depois de ter fechado o seu primeiro semestre em terreno positivo desde Junho de 2010, com lucros de 5,3 milhões de euros, por pouco a Martifer não voltou aos prejuízos nos primeiros seis meses deste ano.

 

O grupo presidido por Carlos Martins registou lucros de apenas 400 mil euros na primeira metade de 2018, enquanto o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou, em termos homólogos, de três milhões para 5,8 milhões de euros, de acordo com o comunicado da empresa publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta quinta-feira, 30 de Agosto.

A Martifer enfatiza os proveitos operacionais, que tiveram um crescimento homólogo de 7,6 milhões de euros, para 104,1 milhões, dos quais 56,3 milhões na construção metálica (actividade fundacional do grupo), 43 milhões na indústria naval e 5,6 milhões de euros nas energias renováveis.

 

O volume de negócios gerado fora de Portugal e as exportações representam cerca de 70% da facturação total do grupo.

 

A Martifer dá também conta que a carteira de encomendas na construção metálica e na indústria naval atinge os 297 milhões de euros.

Já o investimento realizado entre Janeiro e Junho deste ano, ainda segundo a Martifer, totalizou 1,4 milhões de euros, dois terços dos quais foram aplicados no segmento da construção naval, 900 mil euros na construção metálica e 500 mil euros nas energias renováveis, "sendo neste último segmento maioritariamente aplicado no desenvolvimento de projectos eólicos e solares, na Europa Central e na América Latina", lê-se no mesmo comunicado.

 

De resto, a empresa continua apostada em reduzir a dívida líquida, que baixou três milhões de euros nos últimos seis meses para 186 milhões de euros. Esta evolução, explica a empresa, "resulta do processo de implementação do plano estratégico e consequentemente da concretização do acordo de reestruturação financeira e da implementação de um plano de alienação de activos não-core".


O passivo total decresceu 4% para 396,8 milhões de euros.

 

Na bolsa nacional, a Martifer destacou-se na sessão desta quinta-feira, 30 de Agosto, ao disparar 10% para 0,572 euros, renovando máximos de Junho de 2014. Os títulos do grupo de Oliveira de Frades acumulam já um ganho de cerca de 60% desde o início do ano.

Um novo CEO para implementar um novo plano estratégico

A Martifer lembra que iniciou recentemente "um novo ciclo com a implementação de um novo modelo de governo, mais independente dos accionistas de referência, que passaram a estar representados no conselho de administração mas apenas como administradores não executivos" - Carlos e Jorge Martins passaram a ocupar, respectivamente, os cargos de chairman e vice-presidente não executivo, tendo Pedro Duarte assumido funções de CEO.

 

Foi também aprovado um novo plano estratégico, que "assenta em três pilares, nomeadamente: reforço da cultura organizacional e consolidação do modelo de governo; incremento da eficiência operacional, planeamento e produtividade; e consolidação da trajectória de readaptação financeira".

 

Os objectivos definidos, adianta a Martifer, "passam por aumentar a eficiência operacional e a produtividade, melhorando o planeamento e a execução, fidelizar os clientes que procuram qualidade e resposta mesmo nos projectos mais complexos, aumentar as exportações quer para mercados onde o grupo está presente quer para novos mercados, fabricando mais em Portugal, quer em Oliveira de Frades quer em Viana do Castelo".

 

As perspectivas para o futuro da Martifer "são reforçar a carteira de encomendas na construção metálica", nomeadamente nos mercados onde está presente "e que valorizam a qualidade em detrimento do baixo preço", realça o grupo, que pretende também "aproveitar oportunidades em novos mercados que permitam a realização de projectos com rentabilidades atractivas", assim como "angariar no curto prazo mais um contrato no sector do Oil & Gas, continuar a consolidação na indústria naval e reforçar a presença na América Latina na área da Renewables" (energias renováveis).



(Notícia actualizada às 19:38)

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