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Lucro da Altri quase duplica para 13,2 milhões até março

Recuperação da procura e aumento dos preços da pasta nos mercados internacionais, depois de dois anos em queda, permitiram à Altri aumentar as vendas em 8,2% até março, destinadas em 86% aos mercados internacionais.

20 de Maio de 2021 às 18:45
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A Altri registou no primeiro trimestre deste ano lucros de 13,2 milhões de euros, o que reflete uma subida de 93,7% face ao mesmo período de 2020, quando não foram além dos 6,8 milhões de euros.

Em comunicado à CMVM, o grupo revela que as receitas totais aumentarem 8,2% para 179,2 milhões de euros, sendo que na atividade industrial as vendas atingiram 135,4 milhões de euros, das quais 86% - ou 119,2 milhões -  foram realizadas no mercado externo. Já a produção de energia teve um contributo de 21,1 milhões de euros.


Os custos totais operacionais, no primeiro trimestre, somaram 139,7 milhões de euros, mais 5,4% do que no mesmo período de 2020. Assim, o EBITDA registou um acréscimo de 19,1%, para os 39,5 milhões de euros neste período, tendo o EBITDA no segmento das unidades de produção de pasta crescido 29% para 32,7 milhões de euro, "beneficiando da evolução dos preços nos mercados internacionais", enquanto a GreenVolt, na área da energia, registou um EBITDA de 6,8 milhões de euros, abaixo dos 7,8 milhões registados um ano antes, o que a Altri explica pela paragem programada de duas das suas unidades.


No primeiro trimestre deste ano, a Altri investiu cerca de 7,1 milhões de euros, ascendendo a dívida nominal líquida no final de março a 459,6 milhões de euros, ou seja, menos 15,7 milhões face ao final de 2020.


Na apresentação dos resultados trimestrais, o CEO do grupo, José de Pina, salienta que neste primeiro trimestre, além de uma progressiva recuperação da procura na generalidade dos mercados, "já se refletiu a inversão dos preços da pasta nos mercados internacionais, após um período de dois anos de prolongada quebra", tendo a Altri conseguido "aumentar as vendas dos seus produtos, sobretudo nos mercados internacionais, destino de mais de 86% da totalidade da capacidade produtiva".


As unidades industriais – Celbi, Celtejo e Caima – produziram, neste período, 280,4 mil toneladas, um valor ligeiramente inferior ao registado nos primeiros três meses de 2020, tendo, em termos de vendas, a Altri colocado no mercado 304,6 mil toneladas, mais 6,1% que no período homólogo.


Já na produção de energia elétrica através de biomassa florestal, assegurada pela Greenvolt – Energias Renováveis, durante este trimestre, atingiu cerca de 179,2 MWh, representando um decréscimo de 2,8% face ao período homólogo, totalmente explicado pela paragem programada das centrais de Constância e da Figueira da Foz.

Em termos de perspetivas futuras, a Altri assume que, apesar do cenário de pandemia, “é globalmente otimista a médio prazo” quanto ao aumento da procura e, consequentemente, de preços, “com impacto direto positivo nos resultados do grupo”.

 

Greenvolt com "ambicioso projeto de expansão"

Na comunicado, o grupo recorda que a 18 de março anunciou a eleição de João Manso Neto como CEO da Greenvolt e a intenção de estudar a possibilidade de realizar uma operação que poderá culminar na admissão à negociação da totalidade das ações representativas do capital social da empresa de energia no mercado regulamentado Euronext Lisbon.

"A Greenvolt tem um ambicioso projeto de expansão nacional e internacional, pretendendo consolidar a sua posição de liderança no plano nacional e afirmar-se como um player de referência a nível internacional no mercado das energias renováveis, não apenas a partir de biomassa florestal, mas também através de modelos inovadores de energia solar e eólica", afirma o grupo no comunicado divulgado esta quinta-feira, no qual lembra que foi nesse sentido que no início de maio celebrou com a polaca V-Ridium Europe um Memorando de Entendimento.

No comunicado de apresentação das contas dos primeiros três meses deste ano, o grupo refere ainda ter definido quatro vetores estratégicos de desenvolvimento que centram a sua atividade e os seus futuros investimentos - desenvolver e valorizar a floresta, apostar na excelência operacional e na inovação tecnológica, valorizar as pessoas e afirmar a sustentabilidade como fator de competitividade –, tendo com base nesta estratégia identificado os principais objetivos de sustentabilidade que culminaram no desenvolvimento do "Compromisso 2030" do grupo Altri.

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