Notícia
Martifer posiciona-se para ser “um dos mais importantes estaleiros de reparação naval da Europa”
Com o negócio da indústria naval a valer metade da sua carteira de encomendas de 492 milhões de euros, o grupo de Oliveira de Frades está a investir mais de 20 milhões de euros na construção de uma nova doca nos estaleiros da sua participada West Sea, em Viana do Castelo.
Para o triénio 2021-2023, a Martifer traçou "um novo plano estratégico alicerçado nos pilares que sustentaram o sucesso dos últimos anos mas com a ambição renovada de um crescimento sustentado e sustentável", enfatiza o grupo sediado em Oliveira de Frades na apresentação de contas de 2021, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta quinta-feira, 31 de março.
Na indústria naval, que gerou 40% dos rendimentos operacionais de 228,7 milhões de euros do grupo em 2021, o grupo Martifer perspetiva aumentar a sua capacidade de reparação naval, "posicionando-nos como um dos mais importantes estaleiros da Europa nesta área e tornar as atividades de reparação e construção naval cada vez mais balanceadas no peso relativo do volume de negócios".
Nesse sentido, a Martifer tem em curso o seu maior investimento dos últimos 10 anos nos estaleiros navais de Viana do Castelo, da sua participada West Sea, onde está a construir uma nova doca, que terá 220 metros de comprimento e 45 metros de largura, o que irá permitir receber navios de maior dimensão.
O negócio da indústria naval representa 51% do valor das encomendas do grupo liderado por Pedro Duarte, que se fixava em 492 milhões de euros no final do ano passado.
Já na construção metálica, atividade fundacional da Martifer, o grupo está apostado em manter o foco "no reforço do perfil exportador do grupo, procurando oportunidades em mercados e clientes que valorizam qualidade e excelência, na organização e valorização das pessoas e na produtividade".
No segmento das energias renováveis, quer "crescer de forma gradual e consistente, aumentando o peso relativo desta unidade de negócio no grupo, aproveitando as oportunidades associadas à transição energética, à descarbonização da economia e ao hidrogénio", através da sua participação no consórcio GreenH2Atlantic.
De resto, além de pretender continuar a "reforçar a atividade de manutenção industrial", promete dar também "grande atenção às questões ambientais, sociais, de inovação e sustentabilidade e às metas ESG (Environmental, Social and Corporate Governance)".
Num ano ainda marcado pela crise pandémica, o grupo Martifer quase duplicou o resultado líquido em 2021 para 11,3 milhões de euros, mais cinco milhões do que no exercício anterior, com o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) a aumentar 6,4 milhões para 25,8 milhões de euros.