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Martifer posiciona-se para ser “um dos mais importantes estaleiros de reparação naval da Europa”

Com o negócio da indústria naval a valer metade da sua carteira de encomendas de 492 milhões de euros, o grupo de Oliveira de Frades está a investir mais de 20 milhões de euros na construção de uma nova doca nos estaleiros da sua participada West Sea, em Viana do Castelo.

Pedro Duarte, CEO da Martifer. Daniela Ferreira
31 de Março de 2022 às 19:22
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Para o triénio 2021-2023, a Martifer traçou "um novo plano estratégico alicerçado nos pilares que sustentaram o sucesso dos últimos anos mas com a ambição renovada de um crescimento sustentado e sustentável", enfatiza o grupo sediado em Oliveira de Frades na apresentação de contas de 2021, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta quinta-feira, 31 de março.

 

Na indústria naval, que gerou 40% dos rendimentos operacionais de 228,7 milhões de euros do grupo em 2021, o grupo Martifer perspetiva aumentar a sua capacidade de reparação naval, "posicionando-nos como um dos mais importantes estaleiros da Europa nesta área e tornar as atividades de reparação e construção naval cada vez mais balanceadas no peso relativo do volume de negócios".

 

Nesse sentido, a Martifer tem em curso o seu maior investimento dos últimos 10 anos nos estaleiros navais de Viana do Castelo, da sua participada West Sea, onde está a construir uma nova doca, que terá 220 metros de comprimento e 45 metros de largura, o que irá permitir receber navios de maior dimensão.

 

O negócio da indústria naval representa 51% do valor das encomendas do grupo liderado por Pedro Duarte, que se fixava em 492 milhões de euros no final do ano passado.

 

Já na construção metálica, atividade fundacional da Martifer, o grupo está apostado em manter o foco "no reforço do perfil exportador do grupo, procurando oportunidades em mercados e clientes que valorizam qualidade e excelência, na organização e valorização das pessoas e na produtividade".

 

No segmento das energias renováveis, quer "crescer de forma gradual e consistente, aumentando o peso relativo desta unidade de negócio no grupo, aproveitando as oportunidades associadas à transição energética, à descarbonização da economia e ao hidrogénio", através da sua participação no consórcio GreenH2Atlantic.

 

De resto, além de pretender continuar a "reforçar a atividade de manutenção industrial", promete dar também "grande atenção às questões ambientais, sociais, de inovação e sustentabilidade e às metas ESG (Environmental, Social and Corporate Governance)".

 

Num ano ainda marcado pela crise pandémica, o grupo Martifer quase duplicou o resultado líquido em 2021 para 11,3 milhões de euros, mais cinco milhões do que no exercício anterior, com o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) a aumentar 6,4 milhões para 25,8 milhões de euros.

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