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Falida Cidade Ébano em leilão após deixar IAPMEI “a arder” com 1 milhão

Carpintaria que recebeu fundos públicos para construir uma nova unidade industrial em Murça ainda recorreu ao PER, mas o seu plano de recuperação não convenceu o Estado, que detém mais de metade dos créditos reconhecidos em sede de insolvência da empresa.

Rui Neves ruineves@negocios.pt 01 de Março de 2024 às 13:18

Constituída em outubro de 2014, a Cidade Ébano conseguia, dois anos depois, a aprovação pelo Portugal 2020 do seu projeto de instalação de uma nova unidade industrial em Murça, concelho do distrito de Vila Real, tendo recebido um incentivo público superior a 1,1 milhões de euros.

 

O objetivo do projeto da empresa consistia em instalar "uma atividade avançada na produção de produtos de carpintaria que se distinga da concorrência instalada", com "duas novas linhas de produto (soalho e portas) direcionadas para o segmento residencial e hotelaria".

 

Um projeto industrial que, entre outras metas, pretendia criar 17 postos de trabalho e gerar dois terços das vendas nos mercados internacionais.

 

Mas a Cidade Ébano, que era conhecida localmente por MMoreira, acabou por não sobreviver à pandemia de covid-19.

 

Ainda aderiu ao Plano Especial de Revitalização (PER), mas o seu plano de recuperação não recebeu a aprovação dos credores.

 

Faliu no verão passado, deixando um rasto de dívidas de 2,2 milhões de euros a 66 credores, numa lista liderada pelo IAPMEI, que reclama os mais de 1,1 milhões de euros que atribuiu à Cidade Ébano em sede do Portugal 2020, com a Segurança Social a haver 85 mil euros.

 

No âmbito do processo de insolvência da empresa, os seus ativos serão leiloados esta sexta-feira, 1 de março, num leilão público a decorrer nas instalações da Cidade Ébano.  

 

"A venda da unidade industrial completa constitui uma vantagem de investimento, uma vez que permite ao investidor dar continuidade à atividade da empresa", realça a Leilosoc, a leiloeira responsável por este leilão, em comunicado.

 

"Os ativos em venda incluem o armazém industrial (dois pisos) com logradouro (área total de 2.745 metros quadrados), equipamentos e maquinaria para a indústria de carpintaria, material de escritório e equipamento informático, e veículos ligeiros de mercadorias", detalha a Leilosoc.

 

Para o efeito, foi adotado o modelo combinatório, permitindo a colocação de uma licitação para a totalidade dos bens, assim como de licitações para lotes agregados.

 

A combinação de venda global, que inclui o armazém industrial com logradouro, a maquinaria e equipamentos para a indústria de carpintaria, está em leilão com um valor base de 677.100 euros, podendo ser arrematado por um valor mínimo de 575 mil euros.

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